O Centro Recreativo dos Trabalhadores da Peralva, aldeia da freguesia de Paialvo, será o palco da 1.ª edição do Festival Peralva Rural Jazz Experience, que decorre de 17 a 19 de abril. O festival propõe uma experiência que alia o jazz ao ambiente rural, promovendo a cultura e a música na região. O evento conta com concertos, workshops e uma jam session, com entrada gratuita. Nesta entrevista, Bruno Santos e Rúben Gonçalves explicam os objetivos da iniciativa.
José António (entrevista RCT)
Qual é a razão deste evento e porque se realiza na Páscoa?
A associação, nos últimos anos, tem estado ligada ao jazz, de alguma forma. Temos uma escola de música que tem um Atelier de pop e de jazz. Temos feito, todos os anos, nestas datas, um workshop de improvisação. Temos tido alguma procura e por isso, realizamos a iniciativa nesta sexta-feira santa. Temos tido procura e nós gostávamos de continuar com esta data em que as pessoas já reconhecem como uma data em que nesta associação se realiza alguma coisa.
Há tradição de Jazz na Peralva?
Está a começar a haver, sim, aos poucos. Os meios financeiros, como sabemos, neste tipo de associações são curtos e as coisas não são de borla, mas tem havido as Jam Sessions. Como o Bruno referiu, temos o Atelier de Jazz e Pop Rock, que é uma pequena escola de música em que oferece um tipo de ensino alternativo ao que existe no nosso concelho. E vem tudo nesse encadeamento. Nos últimos dois anos temos feito workshop, temos tentado criar essa tradição jazzística na aldeia e este ano decidimos tentar pôr as nossas atividades “no mapa” e fazer um festival com alguém da nossa nata nacional.
Qual é que é o principal dia do festival?
É a Sexta-feira Santa, com um workshop e um concerto de Desidério Lázaro quarteto.
O que se destaca nesta iniciativa?
A verdade é que nós temos, desde que estas últimas direções tomaram posse, tentado trazer cultura e cultura de qualidade para o meio rural. Sentimos que as cidades já têm implantado uma programação cultural boa, mas na aldeia continuamos com as festas de verão e o resto, mais ou menos, é paisagem. Há dois ou três festivais de referência, alguns deles a comunidade civil nem têm muito acesso, por algum motivo. Há festivais, na ruralidade do concelho com algum expoente, mas na zona mais a sul do concelho ainda é um pouco difícil e estamos a tentar que isso, de alguma maneira, mude. E que mude de uma forma a ligar as pessoas a experiências diferentes, pelo que vamos tentar criar uma experiência diferente dentro do jazz.
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