Bruno Graça, 78 anos, é o candidato da CDU à Câmara Municipal nas autárquicas deste ano. É a terceira vez que concorre à Câmara de Tomar, onde já desempenhou funções como vereador. Nesta grande entrevista revela quais são as 12 grandes linhas do projeto alternativo que a sua equipa quer apresentar aos tomarenses, sublinhando que é preciso reverter o ciclo de desertificação do território e envelhecimento da população, valorizar e incrementar a produção de riqueza no concelho e aumentar a coesão territorial a nível social, económico, cultural e ambiental entre todas as freguesias do concelho.
Em traços gerais, como que pode contar-nos um pouco o seu percurso até este momento em que é novamente candidato à autarquia?
Pela minha idade o percurso já é longo (risos). Comecei a entrar nestas atividades da política quando cheguei ao Instituto Superior Técnico, através da Associação de Estudantes e através do Cine Clube Universitário de Lisboa. Comecei a participar numa e noutra estrutura. A partir daí, não mais deixei a atividade política que se repercutiu quando, em 1969/1970, um conjunto de universitários vieram para Tomar e viemos colaborar com o grupo de teatro que havia na Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, criando uma seção cultural onde desenvolvemos múltiplas atividades, sempre com cariz naturalmente político e antifacista de combate ao regime que nessa altura vigorava em Portugal. Depois acabei por entrar para direção da Sociedade de Filarmónica Gualdim Pais, onde estive quase 30 anos para voltar à atividade mais dura da política, digamos assim, para fazer dois mandatos pela CDU na Assembleia Municipal e um mandato como vereador da Câmara Municipal pela CDU. Atualmente sou eleito na Assembleia Municipal pela CDU e agora o meu partido convidou-me e apresentou-me razões válidas para que eu pudesse, efetivamente, ser novamente candidato à Câmara Municipal de Tomara e aqui estou disponível.
E o que é que o motivou a aceitar o repto de ser candidato?
Podia dizer que nós na CDU não desistimos do concelho de Tomar. Um concelho que queremos de média dimensão onde as potencialidades culturais, quer ao nível do património histórico, ambiental ou das artes performativas, convivam com um setor industrial robusto, dinâmico e moderno, para inverter as tendências negativas da sua demografia e crescente envelhecimento da população. Nós temos esse projeto, um projeto que não é de alternância – como tem sido até agora desde o 25 de Abril, entre PS e PSD, ou os dois juntos – mas um projeto que é alternativo e que tem um conjunto de propostas claras para atacar os problemas e dar corpo a esta ambição.
– Entrevista completa na edição que está nas bancas