O Centro Recreativo da Torre foi dos pioneiros a promover o evento “Encontro de Motas antigas” e que, recuando vinte anos, quando as motorizadas foram encostadas e preteridas pelo automóvel, levou a que muitos se “virassem” para as suas “Casais” e Faméis” enferrujadas e as recuperassem. Hoje recuperar uma velha motorizadas está na moda, gasta-se algum dinheiro, mas é um prazer ver rolar, o que foi o meio de transporte do povo em tempos idos e não muito longínquos.
Hoje qualquer associação e são muitas, organiza encontros, que são uma forma salutar de encontrar amigos conviver e tirar a “ferrugem” aos motores a dois tempos. O “Encontro da Torre” está bem vivo e recomenda-se. O grupo “Os Fugas” são uns apaixonados e colocam juntamente com a direção do Centro todo o empenho na organização que cresce a olhos vistos e com belas máquinas e algumas raridades. Dos cento e trinta e sete amantes, inscritos e com algumas “donzelas” que adoram duas rodas, o grupo teve nas instalações do Centro um pequeno almoço de excelência e um almoço idem. Da Torre partiram pelas 10h00, do dia 29 de setembro, rumo à Avanteira, no concelho de Ourém, depois visitaram a oficina especialista de recuperação de motos do Jorgino Barro, no Almogadel, a seguir visitaram o lagar de azeite do Freixial, a Explazeites, e o Moto Clube de Ferreira que os recebeu com pompa e circunstância onde o melão com presunto estava divinal, regressaram pelas Aboboreiras à Torre onde foi servido o almoço (porco no espeto). No prémio para a moto mais antiga coube ao Irlandês de Belfast, Chris, engenheiro aeronáutico, residente em Ceras, onde recuperou duas habitações que com uma Douglas importada e legalizada em Portugal de 1950 de 350 cm3, motor dois cilindros em V, arrefecida a ar, com mudanças à direita e dava nas vistas e era a “mais velhinha” do grupo, mas em tantas duas rodas havia exemplares de coleção que valem uns bons euros e muito estimadinhas.
António Freitas