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Yuriy Kulyk: o testemunho de um Ucraniano a viver em Tomar mas com família na sua terra natal

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Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

Yuriy Kulyk, natural de Zaporizhzhia, na Ucrânia, vive há quatro anos em Tomar, é casado com Marisa Ribeiro Kulyk, e tem vivido os últimos dias em grande sobressalto e tristeza, pois ainda tem família na sua terra natal, no caso, a mãe e a avó, que se encontra acamada e, por isso, a mãe prefere manter-se em casa, num 7.º andar, apesar de todo o risco que correm. O pai de Yuriy está em Portugal e o irmão em Londres, permanecendo a mãe e mais familiares na Ucrânia. Conta-nos, ao Jornal/Rádio Cidade Tomar, que é difícil, ainda mais com a avó acamada, a mãe fugir, pois a meio do caminho podem ficar sem combustível e as baixas temperaturas também poderiam ser fatais para quem está parado nas estradas.


Sobre esta invasão, Yuriy Kulyk, visivelmente emocionado e que nos falou em inglês e a esposa foi traduzindo, até para os nossos ouvintes perceberem, considera que o governo russo tem um líder que é “um psicopata, que vai destruir tudo até obter o que quer. Eles usam jovens e atacam escolas, hospitais, tudo. Putin quer controlar o mundo por dinheiro e poder”.

No dia em que falámos com Yuriy, horas antes, tinha acontecido um ataque à central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, constituindo este ataque um dos momentos de maior pânico da guerra, pois os bombardeamentos à central nuclear de Zaporizhzhia ocorreram a 150 metros de um dos seis reatores existentes naquela cidade. Segundo Yuriy Kulyk “se aqueles seis reatores explodirem, a radiação atinge não só a Ucrânia, atinge toda a Europa, inclusive Portugal. Chernobil só tinha um… e fez o que fez”.


Diz-nos que o que fala nesta entrevista são notícias fidedignas, pois a “Rússia não transmite notícias verdadeiras. Aliás, Putin mentiu às mães dos soldados russos, que nunca pensaram que o conflito seria assim. Eles dizem que já morreram 400 soldados russos, mas é mentira, já morreram 9 mil e muitos dos que sobrevivem, jovens inocentes, já pediram perdão pela guerra”.


Questionado sobre a atuação do Presidente Ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que admira a sua resistência e resiliência, conseguindo unir o povo Ucraniano, estando “um país inteiro a lutar, homens, mulheres, algumas pessoas colocam-se frente aos tanques para os parar. Por muito que nos tirem, casas, terreno, o espírito de luta não nos tiram”. Admira, por isso, a força do Presidente Ucraniano, o seu otimismo, a sua forma de comunicar que, ao invés de transmitir pânico, transmite força e otimismo. (…)

Ana Isabel Felício
Elsa Lourenço

Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa de 11 de março.

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