O Sp. Tomar anunciou ontem, em conferência de imprensa, que chegou a acordo com o treinador Nuno Lopes para a renovação do contrato por mais duas temporadas, até 2023.
No momento do anúncio, depois do jogo frente ao Ó. Barcelos, além do treinador Nuno Lopes e do adjunto Vítor Barreto, estiveram presentes o presidente Ivo Santos e o diretor do hóquei sénior, Ricardo Cardoso.
Ivo Santos considerou que o trabalho feito pela dupla Nuno Lopes e Vítor Barreto “tem sido de excelência” e, por isso, é natural este “acordo por mais duas épocas desportivas”.
“Faz sentido esta continuidade, tanto mais que há ainda muito para conquistar. O processo (de crescimento) tem sido gradual… com alguns reveses, o que é natural, pois crescer não é fácil. Precisamos deste trabalho para projetar o clube para outra dimensão, para outros objetivos. Na próxima época, além do campeonato nacional, iremos também disputar uma competição europeia. Teremos de colocar a bitola um pouco mais alta”, referiu ainda o presidente.
O treinador agradeceu a “confiança desde o primeiro dia”: “Não tem sido fácil… Acho que foi determinante o termos caído (na 2.ª Divisão), para depois nos levantarmos. Foi nessa altura, dura, que nos agarrámos uns aos outros e hoje estamos aqui com um grande orgulho… num clube que me diz muito. Tenho uma história de vida grande aqui, em Tomar (nove épocas e meia). Tenho um orgulho máximo nos jogadores e no trabalho que estamos a fazer. Sei que vai ser duro, porque queremos entrar em sítios… onde não será fácil entrar! Mas queremos entrar, porque somos ambiciosos. E, acima de tudo, queremos honrar Tomar e quem acredita e aposta em nós. É este trabalho que, passo a passo, queremos desenvolver nas duas próximas épocas. E tenho um sonho na minha cabeça: quero ganhar um título em Tomar”.
Nuno Lopes regressou ao Sp. Tomar em 2019, mas não conseguiu evitar a descida ao segundo escalão. No entanto, na temporada seguinte protagonizou uma excelente campanha na Zona Sul da 2.ª Divisão – primeiro lugar, com oito pontos de avanço sobre o segundo (Parede), em 19 jornadas (antes do cancelamento dos campeonatos devido à pandemia de Covid-19). Apesar desse fim abrupto das competições em 2020, a equipa tomarense conseguiria, na ‘liguilha’ – ficou em primeiro entre seis equipas -, em setembro do ano passado, garantir o merecido lugar na 1.ª Divisão.
Esta época, o Sp. Tomar/IPT tem conseguido afirmar-se entre os maiores do hóquei em patins nacional – além da presença na primeira edição da Taça 1947, ocupa atualmente o sexto lugar no campeonato, com nove pontos de avanço sobre o sétimo (Valongo) e 13 sobre o oitavo (Sanjoanense), estando, por isso, já virtualmente apurado para o play-off de discussão do principal título nacional da modalidade.
Sobre o plantel para a próxima época, o presidente apenas confirmou que os jogadores da equipa base (cinco ou seis) vão continuar no clube.
Julián Tamborindegui (ex-Club Banco de Mendoza) tinha chegada prevista para o início deste mês. Contudo, tal só deve acontecer a partir de 15 de março. O avançado internacional argentino estará em Tomar durante dois meses, para efetuar exames médicos e ser avaliado pelo treinador Nuno Lopes.
Ivo Santos revelou ainda que é possível que a próxima deslocação da equipa – ao Porto, no dia 13 de março – já seja feita no autocarro do clube – está a decorrer uma campanha de angariação de fundos para a compra do veículo – e que o Sp. Tomar vai ter uma nova modalidade – possivelmente será a reativação do futsal, mas o presidente não confirmou…