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Tomar

Catarina Freitas reside e trabalha no Canadá: “O ambiente em geral é de aceitação das medidas tomadas, de união, mas também de extrema preocupação”

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Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

Com mais ou menos impacto, o vírus chegou a todos os cantos do mundo. Como tal, procurámos obter um testemunho de um tomarense que esteja a viver fora e que nos descrevesse o ambiente nesse país, em tempo de pandemia. Esta semana falámos com Catarina Freitas, gestora de vários ensaios clínicos, a residir e trabalhar no Canadá.

– Perante a Pandemia e o seu impacto no Canadá, como é o ambiente em geral?

O Canadá adoptou medidas de contenção da Covid-19 muito semelhantes a Portugal: fronteiras fechadas, comércio encerrado, com excepção de farmácias e supermercados, distância física de pelo menos dois metros, quando indivíduos que não cohabitam saem à rua, circulação automóvel condicionada dentro de cada província. O governo federal emana indicações no âmbito de Saúde Pública, mas cabe a cada Província delinear os seus próprios planos de acção. As províncias têm tomado medidas diferentes com diferente impacto a nível regional. O ambiente em geral é de aceitação das medidas tomadas, de união, mas também de extrema preocupação, não só pela saúde no momento actual mas também pelo impacto económico da pandemia. O governo canadiano (federal e província) tem distribuído inúmeros pacotes de ajuda económica, que contam com o apoio de empresários e população em geral, no entanto, não há qualquer dúvida que o custo a pagar será elevado para a sociedade. Vários estudos demonstram que esta ajuda será paga maioritariamente com o aumento de diferentes impostos, por um período não inferior a 20 anos. Por outro lado, esta pandemia veio colocar a nú várias fragilidades existentes no Canadá, como por exemplo, a qualidade do cuidado prestado aos mais idosos, quer seja em contexto institucional ou na própria residência; a necessidade de uma rede mais reforçada de apoio comunitário aos mais idosos; a dependência de produtos vindos além fronteiras, principalmente na área de bens essenciais, como medicamentos, equipamento médico, etc… Não há dúvida que esta pandemia terá um impacto significativo na forma como a sociedade se organizará no futuro. Bem vinda mudança!

Leia a entrevista na íntegra na edição impressa, amanhã nas bancas, ou na edição digital.

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