A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) determinou hoje a suspensão da celebração comunitária das Missas, até “ser superada atual situação de emergência”. O pároco de Tomar, Mário Duarte, confirmou esta medida ao Jornal “Cidade de Tomar” referindo que todas as celebrações serão suspensas.
A decisão, assumida em comunicado, enviado à Agência ECCLESIA, surge “em consonância com as indicações do Governo e das autoridades de saúde”.
“A Conferência Episcopal Portuguesa determina que os sacerdotes suspendam a celebração comunitária da Santa Missa até ser superada a atual situação de emergência”, pode ler-se.
Os bispos católicos referem ainda a necessidade de seguir “as indicações diocesanas referentes a outros sacramentos e atos de culto, bem como à suspensão de catequeses e reuniões”.
Estas medidas, indica a CEP, “devem ser complementadas com as possíveis ofertas celebrativas na televisão, rádio e internet”.
“Permaneçamos em oração pessoal e familiar, biblicamente alimentada, confiados na graça divina e na boa vontade de todos”, concluem.
A 2 de março, o organismo episcopal tinha divulgado uma nota inicial com medidas de “prudência” para prevenir contágios com o novo coronavírus.
“Como em situações semelhantes e em sintonia com outras conferências episcopais e dioceses, e para evitar situações de risco, recomendamos algumas medidas de prudência nas celebrações e espaços litúrgicos, como, por exemplo, a Comunhão na mão, a Comunhão por intinção dos sacerdotes concelebrantes, a omissão do gesto da paz e o não uso da água nas pias de água benta”, refere o documento.
Foto: Lusa. Instalação de um hospital de campanha no exterior do Hospital São João, no Porto, para responder em exclusividade ao Covid-19.
O surto de Covid-19, foi detetado em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
As escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, numa declaração ao país.
O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.