O Fórum Anual do CBD de Beijing 2025 encerrou-se na sexta-feira, dia 13, reunindo mais de 6 mil representantes de mais de 40 países, com destaque para o interesse crescente de empresas estrangeiras nas oportunidades de desenvolvimento e investimento oferecidas pela China.
Durante o Fórum Anual do CBD de Beijing 2025, que decorreu entre os dias 11 e 13 de junho na capital chinesa, representantes do setor empresarial internacional sublinharam o potencial do mercado chinês como um dos mais promissores a nível global.
John McLean, conselheiro sénior da Câmara de Comércio da China no Reino Unido e presidente do Centro de Desenvolvimento de Negócios Reino Unido–China, afirmou que “o mercado chinês está repleto de oportunidades” e que é essencial que as empresas “apanhem o comboio” do crescimento chinês.
Num contexto internacional marcado pela instabilidade, McLean destacou o ambiente favorável aos negócios e o elevado potencial de desenvolvimento da China como fatores atrativos para empresas britânicas e de outros países. O Fórum, criado em 2000, consolidou-se como uma plataforma de referência para o diálogo económico global, tendo este ano reunido mais de 6 mil representantes de sectores políticos, empresariais e académicos de mais de 40 países e regiões.
A partilha das oportunidades proporcionadas pelo crescimento económico chinês foi um dos temas centrais do encontro. Wang Lei, presidente do grupo suíço Cedrus, salientou a aposta estratégica da empresa na China, onde está presente há 13 anos e onde estabeleceu a sede regional para a Ásia-Pacífico em Beijing. Wang realçou que a inovação, os incentivos e a qualidade do ambiente empresarial superaram as expectativas, antecipando que mais investidores estrangeiros beneficiarão das vantagens únicas do mercado chinês.
O desenvolvimento sustentável foi também amplamente debatido no fórum. A China destacou-se como líder global em energia limpa, sendo atualmente um dos países com maior redução na intensidade do consumo energético e melhoria na qualidade do ar. O país contribuiu com um quarto das novas áreas verdes do mundo, criou o maior sistema de energias renováveis e estabeleceu a cadeia industrial de novas energias mais abrangente a nível global.
A cooperação internacional em energia verde tem vindo a expandir-se, com a China a fornecer mais de 80% dos módulos fotovoltaicos e cerca de 70% dos equipamentos de energia eólica utilizados globalmente. Esta liderança permitiu uma redução média de mais de 60% no custo por quilowatt-hora da energia eólica e de mais de 80% na fotovoltaica a nível mundial.
No plano económico, a China tem reforçado a abertura externa e estabilização do investimento estrangeiro, com medidas como o Plano de Ação 2025 para Estabilização do Investimento Estrangeiro e a revisão do Catálogo de Indústrias Incentivadas ao Investimento. Nos primeiros cinco meses do ano, o número de empresas estrangeiras com atividade de
importação e exportação ultrapassou as 73 mil, o valor mais elevado para o período nos últimos cinco anos.
Apesar da complexidade do panorama internacional, a China reafirma o compromisso com a abertura de alto nível, com o objetivo de manter a estabilidade interna e contribuir para o crescimento económico global. A recente reunião do mecanismo de consulta económica e comercial entre China e EUA foi considerada um avanço relevante nesse sentido.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China.