Rosário Sousa e António Luís Linhares Corvelo de Sousa são um casal bastante conhecido em Tomar também devido à sua ligação à Canto Firme, associação cultural da qual fazem parte há 45 anos, os mesmos que conta o Coro. Nesta entrevista, partilham algumas histórias de bastidores e confessam a grande ligação emocional que têm com esta instituição.
Como é que a Canto Firme entra nas vossas vidas?
António de Sousa – A Canto Firme entrou nas nossas vidas, pela minha parte, porque eu era músico. Fiz o Conservatório e, nos meus 20 anos, liguei-me à Nabantina que era ao pé de minha casa, para fazer coisas. Isto, já depois do 25 de abril, em 1980. Entre as coisas que fui fazendo, por essa altura, na Nabantina, alguns amigos começaram a dizer-me que “se tu tens o conservatório porque é que a gente não faz um coro?”. E não existir um coro foi sempre algo que me meteu alguma impressão em Tomar, porque daquilo que eu percebia das histórias que o meu pai e dos seus amigos, foi que, desde o Orfeão Tomarense, nos anos 30, princípios, que houve várias tentativas de formar coros que nunca funcionaram. Na minha altura, ainda não havia liceu e, portanto, eu fui aluno do Colégio Nuno Álvares e cantei no coro do Colégio Nuno Álvares durante uns anos. E gostei bastante de lá andar. Este contraste entre Tomar que não consegue ter um coro e um colégio que tinha um coro onde eu andava ficou-me sempre atravessado. O que significa que, quando estava na Nabantina e alguém lança um desafio de lançar um coro, lembro-me que a única coisa que eu disse foi: “se arranjarem pessoas, cá estarei”. E foi assim que comecei na Canto Firme.
Já se conheciam como casal?
Rosário Sousa – Sim, já éramos casados. Já estamos casados há 52 anos.
E entrou também com o seu marido?
Rosário Sousa – Sim, comecei também a ir às iniciativas da Nabantina. Não de maneira tão arreigada quanto ele, mas de qualquer maneira, mal começou o coro no primeiro dia da Canto Firme eu estava lá. Porque o Coro da Canto Firme começa na Nabantina, onde está dois anos. Nasceu na Nabantina e só se tornou independente em 1982. E, portanto, eu entrei na Nabantina, porque já andava lá, assistia-se aos teatros, aos ensaios, e mal surgiu esta hipótese de se fazer o coro, no dia 4 de outubro de 1979, apareceram seis pessoas, entre as quais nós os dois. E marcou-se um primeiro ensaio.
– Entrevista completa na edição que já está nas bancas