Segundo dirigentes chineses, “as sanções unilaterais contra a China impostas pelos Estados Unidos e por outros países, violam o direito internacional, afectam negativamente os direitos humanos do povo chinês e têm um efeito de arrastamento, pelo que a China deve responder através de meios administrativos, jurídicos e outros que se mostrem necessários.”
Lembrando que na década de 1970, os Estados Unidos lançaram o slogan da “diplomacia dos direitos humanos”, com o objetivo de conter a União Soviética, afirmam:
“Atualmente, Washington continua a ignorar as suas próprias fragilidades nesse âmbito e utiliza a ‘Carta dos Direitos Humanos’ para reprimir outras nações e manter a sua hegemonia. Isso não só afeta as normas básicas das relações internacionais, mas também tem um sério impacto sobre a estabilidade política global e o desenvolvimento económico mundial – o que vem sendo amplamente criticado pela comunidade internacional”.
Os responsáveis chineses referem de seguida:
“Para interferir nos assuntos internos de outros países, os Estados Unidos primeiramente fabricam ‘ofensas aos direitos humanos’. Tomemos a Venezuela como exemplo: nos últimos anos, os americanos invocaram a existência de ‘problemas de direitos humanos’ naquele país, como justificação para expandir as sanções económicas, o que resultou numa crise venezuelana de ordem económica, humanitária e de desenvolvimento”.
E continuam:
“Ao mesmo tempo, os Estados Unidos também inventaram documentos relevantes para difamar e reprimir outros países. Tomando a questão de Xinjiang como exemplo, reproduziram repetidamente mentiras nos seus relatórios e usaram-nas para impor várias sanções à China, inclusive a proibição da importação de produtos daquela região e o congelamento dos bens de oficiais chineses. Tudo isso com o objetivo de desacreditar a imagem internacional da China e suprimir o desenvolvimento do país”.
Os responsáveis chineses comentam depois que os americanos usam uma sua lei nacional para exercer uma ‘jurisdição de longo alcance’ e aludem à eclosão do conflito russo-ucraniano, “com os Estados Unidos a impor sanções a várias autoridades e empresas russas com base nessa lei, visando enfraquecer a Rússia e salvaguardar a sua própria hegemonia”.
E prosseguem:
“Além do governo e dos media, há outro actor importante na ‘guerra de direitos humanos’ norte-americana, que são algumas organizações não governamentais (ONGs). Sob as bandeiras da chamada ‘democracia’ e dos ‘direitos humanos’, algumas delas incitaram secretamente motins separatistas, planearam crises políticas, inventaram factos e rumores e infiltraram-se massivamente em vários pontos do mundo. Entre elas, a mais activa é a National Endowment for Democracy (NED), que continua a receber financiamento da Casa Branca e do Congresso do país”.
Afirmam depois:
“Os Estados Unidos também tentam usar os direitos humanos para manipular os mecanismos multilaterais. As Nações Unidas, enquanto cerne da prática do multilateralismo, abrangem questões relacionadas com a paz, a segurança, os direitos humanos e outras áreas importantes, pelo que são usadas pelo governo de Washington como a principal plataforma para travar uma ‘guerra dos direitos humanos’ contra o mundo exterior”.
E os dirigentes chineses concluem:
“Os direitos humanos não são propriedade exclusiva de alguns países, nem podem ser usados como ferramenta para exercer pressão sobre os demais e interferir nos seus assuntos internos. O facto de os Estados Unidos pretenderem agir como ‘juiz dos direitos humanos’ quando a sua situação interna, neste domínio, está em crise, não só revela duplicidade de critérios, como também mina seriamente as bases de uma boa governação mundial dos direitos humanos. Esta atitude contra a corrente da História provocará a oposição de outras nações e acelerará o declínio da hegemonia americana”.
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