Com a saída de Anabela Freitas da presidência da Câmara de Tomar, em 2023, Rita Freitas, o nome a seguir na lista do PS, assumiu funções de vereadora, estando a completar quase um ano nestas funções. O “Cidade de Tomar” falou com a vereadora, que tem os pelouros do Desporto/Juventude/Universidade Sénior/Feiras e Mercados/Voluntariado e a Biblioteca, sobre as mudanças na sua vida e o trabalho desenvolvido até ao momento.
– Há quase um ano a exercer o papel de vereadora, como tem sido este ano?
– Desafiante. Era algo que não estava nos meus planos. Quando fui convidada para integrar a lista nem pensei duas vezes porque, mais do que ser de partidos, eu sou de pessoas, porque acredito naquelas pessoas mais do que outra coisa.
– Quando soube que iria integrar o executivo como é que se sentiu?
– Fiquei um bocado aterrorizada inicialmente, já sabemos que a exposição é alguma, as coisas boas e más acontecem como em tudo. Quando estamos mais expostos estamos mais sujeitos à crítica. Por outro lado, eu era assistente social, estava a trabalhar na minha área e, embora tenha sido pressionada para não deixar a empresa onde estava, também achei que não devia perder esta oportunidade de fazer mais e melhor pela cidade. Sendo eu uma pessoa que sou de pessoas gosto de fazer o bem pelos outros e é isso que me move.
– Quais foram as principais mudanças na sua vida?
– Deixei de ter fins de semana, comecei a ter mais alguns cuidados com as redes sociais, com a exposição, porque quando ninguém nos conhece, a nossa atitude é uma coisa, quando estamos expostos é outra e às vezes fazemos as coisas com as melhores das intenções, genuinamente, mas as pessoas veem de outra forma. Há uma frase que diz ‘o mal está em quem vê’. Eu uso imenso as redes sociais, isso não é novidade nenhuma, sempre usei, são minhas, não faço nada de chocante, nunca fui banida das redes sociais, mas ainda assim, sei que há pessoas que olham e pensam ‘está a um ano das eleições’ e não tem nada a ver com isso. Eu tento manter a minha vida, fazer o meu melhor mas com algum cuidado.
– Sente que a comunidade tomarense é muito crítica?
– Sinto que as pessoas são críticas e acho que o devem ser, acho é que podemos criticar sem ofender. Eu sou da era das redes sociais, uso muito e noto que, quem quer elogiar não escreve, mas quem quer deitar abaixo escreve. Uma pessoa lê um comentário e a sua opinião vai ser formada de acordo com aquele comentário. As pessoas não vão analisar se é verdade ou mentira. Devemos todos crescer e querer mais, devemos é fazê-lo com consciência. Nós temos muito medo de elogiar o outro.
– E como é que foi o acolhimento por parte do executivo?
– Foi muito bom. Eu tenho cada vez mais orgulho de fazer parte da equipa do presidente Hugo Cristóvão. Ele tem-me surpreendido todos os dias pela positiva. Contrariamente ao que as pessoas pensam, ele é uma pessoa muito humana. Eu sou muito de emoções, o senhor presidente analisa as coisas, com calma, vê todos os pontos de vista, é, sem dúvida, um orgulho e uma inspiração mesmo, por ver o que ele faz, o que ele sente, o que ele ouve, mesmo assim, tenta levar as coisas com leveza. Às equipas também não tenho nada a apontar, sabem que eu nunca tinha estado num cargo destes, tenho tentado fazer o meu melhor sempre a aprender com eles, a mudar algumas coisas que às vezes é preciso mudar, porque quem chega de novo tem outra visão das coisas. De forma geral, tem sido muito positivo.(…)
Entrevista na íntegra na edição impressa de 20 de setembro.