9.5 C
Tomar

Torres Novas: visita a Villa Cardílio, um dos maiores exemplos da presença romana no território do Médio Tejo

Relacionadas

Associação Cultural e Recreativa da Póvoa celebrou 41 anos com muito dinamismo

A Associação Cultural e Recreativa da Póvoa, na União de Freguesias de Além da Ribeira e Pedreira, comemorou, no...

Convento de Cristo acolheu lançamento do livro “O Segredo de Tomar”

Tomar viveu uma tarde especial, no sábado, 15 de março, com a apresentação do livro “O Segredo de Tomar”,...

Câmara de Tomar aprova cerca de 550 mil euros em subsídios para as coletividades do concelho

A Câmara Municipal de Tomar aprovou, no dia 17 de março, a distribuição de subsídios anuais às coletividades do...

Protocolo viabiliza a digitalização de 90 anos de edições do Jornal Cidade de Tomar

O Jornal Cidade de Tomar celebrou na segunda-feira, 17 de março, o seu 90.º aniversário com mais um passo...

Nasceu quando foi publicado o primeiro “Cidade de Tomar”

Manuel Nunes nasceu em janeiro de 1935, em Calçadas, Tomar. Dois meses depois, nascia o jornal “Cidade Tomar”. Meninos...

Cerca de 40 pessoas visitaram, no passado dia 2 de agosto, a Villa Cardílio, em Torres Novas, numa iniciativa do município local, visita que contou com a presença da vereadora Elvira Sequeira.

As ruínas romanas de Villa Cardílio, que representam, hoje em dia, um dos maiores exemplos da presença romana no território do Médio Tejo, foram classificadas como Monumento Nacional desde 1967, localizando-se a cerca de cinco quilómetros de Torres Novas.

De acordo com Victor Filipe, arqueólogo, investigador da UNIARQ e responsável pelo projeto que decorre nas ruínas de Villa Cardílio e que nesse dia foi o guia da visita, estas ruínas foram descobertas pelas escavações do coronel Afonso do Paço, a partir de 1963, correspondendo as mesmas, possivelmente, à casa de um proprietário de uma grande quinta que existia aqui, na época romana. Segundo o mesmo, do espólio recolhido aquando dessas escavações destacam-se moedas dos séculos II a IV d.C., cerâmicas, bronzes, ferros e uma estátua de Eros em mármore de Carrara.

Para o arqueólogo, a Villa Cardílio do período romano seria um “núcleo habitacional rural”, núcleos que eram, habitualmente, constituídos por três partes, nomeadamente a parte urbana, onde residia o proprietário da “villa”, a parte rústica, onde residiam os trabalhadores e escravos da “villa” e ainda a parte produtiva, onde se situavam adegas, lagares, estábulos, entre outros espaços.

Victor Filipe referiu, ainda, que o primeiro mosaico foi descoberto por volta de 1936 e nessa altura, o Município de Torres Novas tomou a iniciativa de chamar o diretor do Museu Nacional de Arqueologia, que veio ao sítio e agendou escavações para o ano seguinte, o que não veio a acontecer, tendo o local voltado à sua função inicial, com ocupação agrícola, tendo também “servido como pedreira”.

Foi, então, que nos anos 60, os trabalhos foram retomados, por iniciativa do município, que “convidou o arqueólogo Afonso do Paço”, tendo sido realizadas as primeiras escavações, as quais revelaram a maior parte da casa do proprietário e colocaram à vista quase tudo do que se pode observar. (…)

Para a vereadora Elvira Sequeira, com os pelouros da Rede Museológica, Cultura e Património Cultural, “sendo o monumento da nossa gestão achámos que tínhamos de fazer algo mais por aquilo que estava presente, nesse sentido, era necessário voltar a colocar a valorização e a conservação do espaço na lista de prioridades, o que foi feito com através do trabalho desenvolvido em parceria com a UNIARQ”.

Considera a vereadora que “para nós também é muito interessante e prioritário ver se este património, como outros do município, continuam a ser valorizados, para conseguir também que os visitantes tenham noção daquilo que estamos a fazer e daquilo que temos em Torres Novas (…)  As ruínas de Cardílio são também esse marco histórico que queremos preservar e valorizar”, disse.

Como projetos futuros, a vereadora destacou a abertura de um Espaço de Interpretação para “continuar a contar a história de uma outra forma e que permitirá uma ligação com outros sítios romanos. (…) Nós fazemos parte do conjunto de municípios que têm o Portugal Romano. Vamos fazer uma musealização diferente neste espaço, para que o visitante possa ter noção concreta do que temos aqui”, salientou.

Durante a visita foi ainda possível ver os trabalhos que estavam a ser executados no novo projeto de escavação, escavações mais direcionadas para a parte produtiva da “villa”, onde estariam instalados os fornos, as adegas, os lagares. (…)

Notícia completa na edição impressa de 16 de agosto.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

- Advertisement -

Últimas

Associação Cultural e Recreativa da Póvoa celebrou 41 anos com muito dinamismo

A Associação Cultural e Recreativa da Póvoa, na União de Freguesias de Além da Ribeira e Pedreira, comemorou, no...

Convento de Cristo acolheu lançamento do livro “O Segredo de Tomar”

Tomar viveu uma tarde especial, no sábado, 15 de março, com a apresentação do livro “O Segredo de Tomar”,...

Câmara de Tomar aprova cerca de 550 mil euros em subsídios para as coletividades do concelho

A Câmara Municipal de Tomar aprovou, no dia 17 de março, a distribuição de subsídios anuais às coletividades do concelho. No total, foram contempladas...

Protocolo viabiliza a digitalização de 90 anos de edições do Jornal Cidade de Tomar

O Jornal Cidade de Tomar celebrou na segunda-feira, 17 de março, o seu 90.º aniversário com mais um passo histórico: a assinatura de um...

Nasceu quando foi publicado o primeiro “Cidade de Tomar”

Manuel Nunes nasceu em janeiro de 1935, em Calçadas, Tomar. Dois meses depois, nascia o jornal “Cidade Tomar”. Meninos e moços, ele foi crescendo,...

Grandes Noites do fado e poesia: o fado aconteceu na cidade de Tomar!

Cerca de 150 pessoas participaram na grande “Noites do fado e poesia”, organizada pelo Programa “Noites do Fado” da Rádio Cidade de Tomar, na...
- Advertisement -

Mais notícias