Realizou-se na tarde de quinta-feira, 21 de março, na Igreja de São João Batista, em Tomar, a apresentação do Relatório da Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre), um evento que contou com a presença do Bispo de Santarém, D. José Traquina e que foi presenciado por dezenas de pessoas.
Numa breve entrevista que antecedeu esta apresentação, o Bispo de Santarém confessou ter ficado “impressionado” com a leitura do Relatório da Fundação AIS. “Num país, Portugal, e num continente, Europa, onde a liberdade religiosa está assegurada, nós não damos conta do que é a perseguição, [do facto de] as pessoas, apenas por quererem manifestar-se, ou rezar em público, serem perseguidas”, disse.

Para D. José Traquina, a liberdade religiosa é um “direito fundamental que, não sendo respeitado, significa que os outros direitos também não o são, e isso é muito preocupante”, referiu. “Cerca de metade da população do mundo não tem essa dimensão garantida” em pleno século XXI, constata D. José Traquina.


O Bispo de Santarém salientou também a importância do trabalho da Fundação AIS não só pela informação que publica sobre a temática da liberdade religiosa e da perseguição aos cristãos, mas também pela sua missão de solidariedade precisamente para com as comunidades em maior sofrimento, vítimas de intolerância, de violência.
“O papel da Fundação AIS é um alerta muito importante. É um alerta enorme e com grande significado para a nossa consciência, para a nossa tomada de consciência dessa realidade, e depois saber que a Fundação não faz só essa informação, mas também recolhe apoios para colaborar com muitos cristãos perseguidos no mundo… isso é notável”, disse.
Após a celebração da eucaristia, o Relatório foi apresentado, nos seus pontos essenciais, por Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da Fundação AIS, que incentivou os presentes a “uma leitura mais atenta” do documento na página da instituição na Internet.
– Notícia desenvolvida na próxima edição semanal