No âmbito da rubrica “As Mãos que fazem a Festa” – Tabuleiros 2023, com o objetivo de divulgar a Festa Maior do Concelho de Tomar, dignificando e valorizando o rosto anónimo de quem muitas vezes está nos bastidores da Festa, mas com um papel relevante para a mesma, o Jornal “Cidade de Tomar” tem vindo a realizar uma ronda pelas freguesias. Esta semana destacamos o trabalho da Freguesia de Paialvo que vai estar representada no Grande Cortejo com 30 tabuleiros, este ano em tons de vermelho.
No dia da nossa reportagem, o executivo da Junta de Freguesia de Paialvo marcou presença para nos falar dos preparativos desta freguesia para a grande festa do concelho. Amâncio Ribeiro (presidente), Élia Lopes (secretária) e Manuel Lopes (tesoureiro) confirmam que tudo está a correr como o planeado. A confeção de flores compete aos pares que “tanto fazem em casa como se juntam na sede da junta às sextas e sábados à tarde e noite para adiantarem o trabalho”. Esta junta conta também com ao apoio de duas pessoas do IEFP para apoiar na confeção das flores.
Segundo Amância Ribeiro, a dificuldade em fazer flores não tem sido muita, pois “nós temos a sorte de ter uma funcionária aqui da junta, a Edite Samouco, que sabe fazer muitas flores e tem apoiado as pessoas”.
Este ano, esta freguesia vai estar representada com 30 tabuleiros, serão todos em tons de vermelho, principalmente com papoilas e coroas imperiais.
As dificuldades prendem-se com os gastos, nomeadamente os almoços, o transporte e a confeção dos fatos. O papel e outro material, assim como o pano para os fatos é cedido pela Comissão Central da Festa dos Tabuleiros, mas o feitio fica a cargo da junta, o que ronda os 70/80 euros cada fato.
Nesta junta de freguesia, a assembleia aprovou um regulamento, o qual limita a idade de participação das senhoras até aos 60 anos. Para o presidente da junta, Amâncio Ribeiro, esta questão pode ser vista de várias formas, mas “desde que vi uma senhora já com uma certa idade no cortejo, com bastantes dificuldades, o que também pode acontecer às mais novas, fiquei incomodado”, diz. No geral, as pessoas aceitaram bem a decisão, mas segundo Élia Lopes, “se houvesse alguém com mais de 60 anos e que tivesse uma grande necessidade, uma razão muito forte para levar tabuleiro, claro que abriríamos uma exceção”, assume. No entanto, o executivo é unânime, “o objetivo é dar oportunidade aos mais novos, os mais velhos já quase todos levaram tabuleiro e, por isso, temos de incentivar os mais novos a levarem”. (…)
Notícia completa na edição impressa de 2 de junho.