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Tânia Grazinas: “Escolhi a cestaria talvez porque houvesse muitos cestos na minha memória”

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Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

Tânia Grazinas é uma das artesãs que integra o projeto “A Moagem – Fábrica das Artes”, na Moagem A Portuguesa, um projeto que teve início em junho de 2021, num espaço artístico que engloba diferentes vertentes, permitindo que o lugar viva e partilhe de uma dinâmica cultural, através da instalação de oficinas e ateliers criativos, cuja programação e curadoria está a cargo do município. O projeto reabriu portas ao público no passado dia 14 de abril, onde Tânia Grazinas marcará presença com a sua oficina de cestaria. O Jornal/Rádio “Cidade de Tomar” falou com Tânia Grazinas sobre este mundo da cestaria e como surgiu na sua vida.

  • Como é que surgiu esta arte da cestaria na sua vida?
  • Eu sempre tive jeito para trabalhos manuais e para a bricolage. Há cerca de quatro anos, sofri uma depressão por Burnout, devido ao cansaço provocado pelas deslocações diárias Tomar-Lisboa. Trabalho em Lisboa e tenho um bom empregador, mas faltava qualquer coisa, faltava um complemento para a minha realização pessoal, faltava-me a componente da natureza e pensei nalgumas ideias. Entretanto, a câmara, em parceria com a Fundação EDP Tradições, deu início ao projeto das artes tradicionais ligadas à Festa dos Tabuleiros, com várias áreas, como a olaria, a latoaria, a cestaria, a confeção de rodilhas e flores de papel. Escolhi a cestaria. Não sei explicar bem porquê, talvez porque houvesse muitos cestos na minha memória. Eu sou de Carregueiros e lembro-me da ti Maria da Luz fazer cestos em bracejo e quando eu tentava fazer ela dizia-me “não tens jeito para isto…”, por isso nunca pensei dedicar-me à cestaria.

  • Os cestos ainda são muito procurados?
  • Antigamente eram mais porque eram usados na agricultura, mas o plástico veio arruinar o seu uso. A maioria dos artesãos desta arte são homens, apesar de também existirem algumas cesteiras. Mas, se, por um lado, o plástico veio substituir muita coisa, por outro lado, é devido ao plástico que há um ressurgimento na procura destes materiais que são sustentáveis sem causar prejuízo ao ambiente.

  • A técnica é fundamental?
  • Sim, é fundamental consolidar técnicas, que se não forem transmitidas vão-se perder.

  • Esta é uma arte que pode provocar dor ao praticá-la?
  • Depende da espessura do vime, do hábito, se estamos a fazer cestos grandes ou pequenos. Se são cestos de alguma dimensão, temos de fazer alguma força para manusear o vime. Os cestos pequenos não exigem muita força, pois o material é mais maleável. (…)

Ana Isabel Felício/José António

Entrevista completa na edição impressa de 28 de abril.

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