A vereadora Lurdes Ferromau (PSD) alertou, na reunião de câmara, na segunda feira, para as dificuldades que os agricultores que recorrem à Barragem do Carril estão a sentir, uma vez que o sistema da rede de rega daquela estrutura está inativo desde há quase um mês. Segundo aviso da DRAPLVT, o sistema de rega estaria inativo até 31 de março, mas, pelos vistos, vai prolongar-se, o que traz constrangimentos a quem necessita daquela água. Na resposta, a presidente da câmara disse que, efetivamente, o prazo para reposição da normalidade não foi cumprido e, nesse sentido, já foram solicitadas explicações às entidades competentes.
A este propósito, o “Cidade de Tomar” recebeu a seguinte carta por parte de um leitor, no caso um dos agricultores em dificuldades.
CORREIO DO LEITOR
Rotura na conduta de água da barragem do Carril
Foi com muita preocupação que tomei conhecimento que a água da barragem do Carril ia, mais uma vez, ser cortada, para reparação da conduta principal. A imprensa regional, nomeadamente o Jornal Cidade de Tomar, na sua edição de 17 de março, refere que o corte da água será até às 19 horas do dia 31 de março, de acordo com informação prestada pela DRAPLVT junto da Câmara Municipal de Tomar.
Apesar de todos os transtornos que a situação provoca, já que possuo uma estufa de cogumelos em toros, que obrigam a um controlo constante da humidade, fui distribuindo a água do depósito ao longo do mês de março, para manter a estufa com “vida”, já que os cogumelos são muito sensíveis à humidade.
Na segunda feira, dia 27 de março, passei no local da rotura e fiquei muito preocupado por não ver ninguém no local. De imediato entrei em contacto com um engenheiro da DRAPLVT, que me informou que ainda não tinham autorização para reparação da rotura e quando esta chegar ainda têm que fazer a encomenda do material, o que poderá demorar mais de um mês.
Foi o Jornal a Cidade de Tomar informado desta nova situação? Estou muito preocupado, pois estão em estufa cerca de 200 toneladas de toros de carvalho num investimento muito avultado e a confirmar-se esta informação, a produtividade da estufa ficará perdida para sempre com todos os prejuízos daí resultantes. É difícil ser agricultor em Portugal e o mínimo que exigimos é respeito e competência.
José Manuel Silva