Bruno Gomes e José Casanova, os novos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Ferreira do Zêzere, estavam eleitos pelo PS e Bruno Gomes referia: “É um resultado histórico. É a primeira vez que o PSD não vence em Ferreira do Zêzere desde que há eleições livres em Portugal” e salientava “Cada vez que a humildade ganha à arrogância, o céu fica mais perto da terra”, ao som de gritos “Bruno, Bruno, Bruno” por parte dos mais de 400 apoiantes que se concentraram em frente à sede de candidatura. Via-se no seu rosto “um sentimento de muita alegria” e “um orgulho enorme”, mas sempre com a preocupação de falar na equipa que o acompanha. “Eu sou só o rosto mais visível de uma grande equipa que tenho atrás de mim”, realçava. “Toda a gente sabe que foi um caminho de 20 anos que envolveu muita gente. Sabíamos que íamos ganhar, mas não sabíamos por quanto e garante que irá ser “a mesma pessoa que até aqui. Vou trabalhar para todos, serei um presidente que quer fazer de Ferreira do Zêzere uma referência regional e nacional”.
Se em 2017 o PSD obteve 44,87% dos votos com 2.295, em 2021 desceu para os 34,21% com 1.698 votos, ou seja uma perda de 597 votos, mas atendendo que concorreu coligado com o CDS e este partido obteve em 2017 – 12,65% do eleitorado com 647 votos, pode-se dizer que a perda de Hugo Azevedo foi de 1244 votos, num universo eleitoral de 4.963 votantes entre 6.961 inscritos. O grande vencedor foi o PS, liderado por Bruno Gomes, que obteve 56,88% dos votos com 2.823 Votos válidos, quando em 2017 tinha 28,47% e 1.456 votos, ou seja, subiu 1367 votos e passou a liderar esta autarquia com presidente e dois vereadores, pela primeira vez desde o 25 de Abril, ou seja na história de um concelho tradicionalmente social democrata. O PSD deixou cair para o PS, um dos seus bastiões no distrito, Ferreira do Zêzere, onde o candidato vai substituir Jacinto Lopes (impedido de se recandidatar a um terceiro mandato).