Esta semana o “Cidade de Tomar” falou com o candidato da CDU à Câmara de Tomar, Paulo Macedo.
Cidade Tomar – Quais as suas expetativas para esta candidatura?
Paulo Macedo – Tal como disse, no dia 21, na apresentação da candidatura, o objetivo é recuperar o lugar na vereação, que foi conseguido pelo vereador Bruno Graça e, antes dele, por Rosa Dias. A nossa equipa está constituída e, em breve, iremos anunciá-la, tendo em conta a decisão distrital de ir apresentando os candidatos por fases.
– Na apresentação da sua candidatura falou em ser um intérprete do projeto. O que quis dizer com isso?
– Sim, é uma responsabilidade que assumo, não fui eu que me propus, houve uma proposta que foi votada. Eu sempre vi a CDU como um projeto de muitos anos, com uma ideologia bem vincada e que se adapta às caraterísticas de cada concelho. O que definimos no programa eleitoral em 2013 e em 2017 não vamos esquecer em 2021, tudo o que é importante para Tomar. Sempre defendemos os serviços públicos municipais, nomeadamente na área do saneamento (SMAS) que se deviam manter na câmara e não deveriam ser, tendencialmente, privatizados. Para nós, a constituição da Tejo Ambiente é o caminho para a privatização dos serviços. Entendemos que havia condições para manter os SMAS. Na última assembleia municipal levantámos a questão, perante o relatório de contas de 2020, e ficou muito por esclarecer. Apresentámos também dois requerimentos solicitando informação sobre a situação atual da Tejo Ambiente, pois a anterior informação referia-se a 2020, mas já estamos em meados de 2021 e a situação não deve ser melhor. Também sempre votámos contra a descentralização de competências para a câmara, exemplo da educação. Também defendemos que se deveriam ouvir as pessoas em relação à desagregação/extinção de freguesias. No concelho de Tomar, aí há três anos, foi feito um abaixo-assinado na freguesia de Madalena/Beselga e havia vontade da população, sobretudo de Beselga, de voltar a ter a sua freguesia. O primeiro passo é ouvir as pessoas.
– Em relação à área da saúde, como analisa as coisas em Tomar?
– O ex-vereador Bruno Graça teve esse pelouro e lembro-me de, na data, reunir com o ACES e os centros de saúde sobre os problemas relativos aos cuidados de saúde primários, mas este trabalho deixou de existir.
– E a nível de captação de empresas, o que defende a CDU?
– A CDU defende que não é só dizer que se querem mais empresas, é preciso criar um gabinete de apoio e acompanhamento às mesmas. Os empresários sentem-se mais acompanhados sabendo que a câmara está a par das situações. A CDU visitou instalações de empresas, tivemos reuniões e fomos falando das dificuldades e os trabalhadores agradeciam essas visitas. É preciso fazer este trabalho de acompanhamento das empresas, porque depois é tarde demais para ir falar com ministros, com deputados, etc… A única maneira de fixar população, fixar famílias, é conseguir mais empresas. O que vemos atualmente é uma desertificação, com os jovens a ir para outros concelhos. Depois fala-se em teletrabalho, mas só é possível se for nas cidades, porque há aldeias sem escolas, onde os centros de saúde não funcionam e assim não dá para trabalhar e fixar a população.
Ana Isabel Felício
Elsa Lourenço
Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa de 4 de junho.