A EPAL apresentou, hoje, na Estação de Tratamento de Água da Asseiceira, dois projetos, um deles, a reabilitação e ampliação do sistema de Alenquer IV e o outro, a empreitada de conceção, construção de uma mini central hidroelétrica na maior ETA do país, sessão que contou com as presenças do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes; da Secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa; e do Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba.
Nesta sessão, onde estiveram igualmente presentes os autarcas de Tomar e de Alenquer, foi apresentado o caminho que a EPAL “tem traçado no sentido de cada vez melhor servir a comunidade com água de qualidade e em quantidade, ao mesmo tempo que reforça o seu compromisso com a neutralidade energética e a mitigação dos efeitos das alterações climáticas”.
A empreitada de reabilitação e ampliação do sistema de Alenquer IV, com um custo de 4,3 milhões de euros, engloba genericamente a reabilitação da conduta de Alenquer numa extensão de 3600m, a execução de novas condutas num total de 4100m, a ampliação em 500m3 do reservatório de Alenquer IV, bem coma outras intervenções nos pontos de entrega de água em Casais da Marmeleira e Casal Machado. Com esta intervenção, pretende-se constituir uma infraestrutura que permita efetuar o abastecimento de água em alta, de acordo com as melhores práticas do século XXI, garantindo-se a qualidade da água com elevados níveis de eficiência e resiliência.
Sobre a construção da central hidroelétrica, relembra-se que a EPAL tem em curso o programa EPAL 0% Energia cujo objetivo é atingir, até 2025, a neutralidade energética produzindo toda a eletricidade que consume, potenciando assim a sustentabilidade das suas operações. O desenvolvimento deste programa tem previsto um investimento na ordem dos 70 milhões de euros.
Esta central, que será instalada na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Asseiceira, e conta com um investimento de 5 milhões de euros, produzirá energia elétrica (1.5 MW) turbinando a água nas condutas que transportam água para Lisboa, fazendo com que esta seja a primeira ETA a atingir a neutralidade energética assim coma a Estação Elevatória (EE) de Castelo do Bode.
Referindo-se à junção da água e da energia, o Ministro do Ambiente salientou a importância destes projetos, destacando a construção da central hidroelétrica, pois “sabendo nós que o preço da água que consumimos nas nossas casas tem uma parcela no valor da energia, que ela tem de incorporar, devido à sua captação, transporte, elevação e tratamento, o que foi apresentado hoje, é excecionalmente inovador, pois a água que já foi captada para ser consumida pode afinal ela produzir energia”.
Como forma simbólica de lançamento do projeto, em vez da primeira pedra, foi plantado um carvalho e foi feita uma pequena explicação sobre esta árvore por Domingos Patacho, da Quercus.