O Governo não quer arriscar e os jogos de futebol das Ligas profissionais vão continuar a ser realizados à porta fechada, assim como as corridas de MotoGP e de Fórmula 1. A notícia foi avançada ontem, quinta feira, no site do ‘Expresso’ (e faz capa da sua edição impressa, hoje nas bancas).
Questionado pelo referido semanário, o Governo garantiu que, até ao fim do período de desconfinamento (meados de maio), “os eventos mencionados não terão público”.
Recorde-se que o Grande Prémio de Portugal de MotoGP está agendado para 18 de abril e o de Fórmula 1 para 2 de maio, ambos no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão.
No ano passado, a Fórmula 1 teve público, mas a experiência não correu bem e foram várias as críticas apontadas ao Governo… que, desta vez, não vai aprovar a presença de público nas bancadas.
A última jornada das competições profissionais está marcada para 19 de maio a possibilidade de haver público nos estádios nos derradeiros jogos desta época está, para já, também posta de parte.
Os responsáveis pelo futebol profissional (e nomeadamente Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional) tinham a esperança de reabertura condicionada aos adeptos a partir de 3 de maio, quando forem permitidos “grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação”, tal como refere o plano de desconfinamento apresentado pelo primeiro-ministro, António Costa, no dia 11 de março.
João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e Desporto, em entrevista publicada ontem em ‘A Bola’, também mostrava estar otimista sobre o regresso do público aos jogos do campeonato, embora ressalvando que ainda iria reunir-se com o Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde.
No entanto, tudo aponta para que as grandes decisões da I Liga de futebol sejam mesmo disputadas com bancadas vazias.
O desconfinamento está a ser feito de forma faseada, tendo começado a 15 de março e vai prolongar-se até 3 de maio. Mas este processo vai ser reavaliado a cada 15 dias e está pendente da incidência e da transmissibilidade da Covid-19, bem como de outros fatores.