Pandemia, obras, processos em tribunal, bombeiros, rio, eleições Presidenciais, Autárquicas, cultura, projeção de Tomar e o novo ano, foram os temas abordados pela presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, na primeira entrevista de 2021 concedida ao Jornal “Cidade de Tomar”.
Cidade Tomar – Este foi um ano estranho, consegue elencar para a autarquia um bom e um mau momento enquanto presidente de câmara?
Anabela Freitas – Este ano realmente foi muito estranho. Um mau momento…Não me posso esquecer quando confinámos a primeira vez e quando tivemos a primeira morte no concelho. Era uma pessoa idosa, mas era uma pessoa e o sentimento de impotência que se tem… Eu recordo-me perfeitamente desse momento. Liga-me o senhor presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) a dizer que tínhamos tido o primeiro falecimento e isso para mim foi… eu acho que me chegaram às lágrimas aos olhos, sinceramente. Eu costumo dizer que cada vez que me liga o presidente do conselho de administração do CHMT ou a delegada de saúde pública, eu pergunto logo o que é que me vai dizer… O primeiro caso que tivemos no concelho e que foi o primeiro caso do Médio Tejo e ainda por cima foi com uma trabalhadora da autarquia. Mas o choque não foi tão grande quanto o do primeiro falecimento. Neste caso, a angustia era o desconhecido, o medo e depois tentar acalmar os trabalhadores. Aquilo que eu fiz na altura quando se soube, para que os trabalhadores não soubessem pelas redes sociais ou pela comunicação social, foi enviar um mail a todos os trabalhadores a dizer que estávamos com um caso positivo, que estava perfeitamente identificado, estava a ser seguido pela Delegada de Saúde, que interveio logo e fez logo o confinamento profilático de todas as pessoas que trabalhavam naquele setor e, portanto, correu bem. (…)
Ana Felício/Elsa Lourenço
Uma entrevista a ler na íntegra na edição impressa de sexta feira, 1 de janeiro de 2021.