Tomar – Presidentes de Junta do PSD entendem “não haver condições para apoiar a proposta apresentada de revisão do PDM”

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Os Presidentes de Junta de Freguesia do PSD estiveram reunidos para debater a proposta de revisão do PDM de Tomar e chegaram a algumas conclusões que remeteram ao nosso jornal. Referem que “a versão apresentada no início do processo de consulta pública era desconhecida pelos Presidentes de Junta de Freguesia, pelo que é injusta a responsabilização que lhes foi atribuída publicamente numa sessão de esclarecimentos realizada na Biblioteca Municipal” e que “os únicos contributos solicitados foram no âmbito da identificação de todas as associações, ribeiros e pecuárias existentes em cada freguesia, tendo havido reuniões marcadas que nunca se concretizaram”

Num comunicado enviado à nossa redacção, os presidentes de junta do PSD referem que ” o processo complexo que agora chegou à fase de consulta pública tem suscitado fundadas dúvidas por parte dos cidadãos, mesmo aqueles tecnicamente mais preparados para a temática” e que ” o volume e a complexidade da informação são impeditivos de uma análise detalhada e séria”. Para os presidentes de junta do PSD, “o esclarecimento junto das populações não foi devidamente acautelado, não foram realizadas sessões públicas nas freguesias de forma a haver um cabal esclarecimento deste processo, colocando o ónus da explicação nos presidentes de junta”, considerando que “ficam sem resposta questões aparentemente simples, como saber porque é que determinado terreno estava em espaço urbano na proposta que conhecíamos e agora, surpreendentemente, este mesmo terreno não está assim considerado”.

A explicação da Câmara Municipal é de que esta revisão do PDM de Tomar está sujeita a cerca de 50 pareceres de diferentes entidades. Pode ser bem verdade, mas tal processo deveria ter sido, com total transparência, explicado às populações, ou a quem os representa” e que as as duas sessões públicas que tiveram lugar, supostamente explicativas, não explicaram nada, apenas foram abordados os traços gerais para um público-alvo bastante diversificado. Um processo desta importância deveria ser esmiuçado ao nível de freguesia;

O Plano Diretor Municipal que vai afetar a vida de todos os cidadãos do concelho de Tomar nos próximos anos não poderia ser colocado em discussão pública sem os esclarecimentos atrás mencionados, muito menos numa fase de pandemia e numa época festiva”, referem, acrescentado que “a divulgação junto da população acerca deste processo de consulta pública não foi a suficiente. “Prova disso, é o número reduzido de sugestões submetidas na plataforma informática para esse efeito (no dia 28 de dezembro tinha 113). Como termo de comparação podemos recorrer a números verificados no concelho vizinho de Ourém em processo idêntico, cerca de 800”, comunicam.

Deste modo, os presidentes de Junta de Freguesia eleitos pelo PSD no concelho de Tomar entendem não haver condições para apoiar a proposta apresentada de revisão do PDM de Tomar, sublinhando que “não deixarão de apresentar as suas sugestões de melhoria”. demarcando-se, desde já,  do modelo utilizado para a aprovação deste documento estruturante para o nosso concelho.

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