Cidade Tomar (CT) – O padre Rui Tereso é o novo vigário forâneo de Tomar. O que é que isto quer dizer?
Rui Tereso (RT) – Devido ao falecimento do padre Mário, que era o vigário de Tomar, houve uma renovação do mandato que já havia sido iniciado, portanto há uma continuação do mandato. Quando a nomeação dos outros padres cessar, a minha também cessa.
– Como é que se lida com esta mudança de paróquias. É algo que já faz parte do ADN dos párocos?
– Nunca é fácil mudar, ainda mais devido ao que aconteceu, mas eu já conhecia a realidade de Tomar porque, em conjunto com o padre Mário e Sérgio, era padre in solidum aqui em Tomar. Estive quase quatro anos nas paróquias de Serra, Olalhas e Junceira e conhecemos as pessoas, há laços de amizade, quando nós nos damos às famílias, as pessoas criam essa proximidade, mas temos de prosseguir o nosso caminho e uma coisa é certa, as pessoas devem seguir Cristo e não o padre. A Igreja é colegial e nós padres temos de ter disponibilidade para o que nos é pedido.
– Como e quando começou esta caminhada?
– Foi numa aula de Religião e Moral, onde recebemos uma vez a visita de um sacerdote vocacionista da Congregação Paulista e preenchemos um papel indicando se queríamos seguir a vida matrimonial ou a vida de sacerdote. Na data o padre disse que quem assinalasse a vida sacerdotal, um dia receberia em casa uma visita sua, mas ninguém pensou muito nisso. Um dia, num domingo, em casa dos meus pais, ao jantar, apareceu o tal sr. padre que me convidou para um estágio em Fátima. Lembro-me de que gostei muito, até porque jogou-se muito à bola (risos). Depois dessa experiência, a 7 de outubro, entrei para o Seminário. Os meus pais deixaram-me no Casal Ribeiro no dia em que fiz 12 anos para ir para Fátima. Fui ordenado padre em 2002, graças às pessoas que rezaram por mim para que eu chegasse a esta missão. É impressionante a forma como Cristo trabalha. Cristo conhece-nos e atraiu-me para aquilo que eu gostava com 11 anos, o futebol, para o convívio e partilha para depois ingressar nesta missão.
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