Manuel Soares Traquina, 82 anos, nasceu em São Simão, no concelho de Sardoal. O seu percurso escolar decorreu em Sardoal, Abrantes e Santarém, com passagem pela Faculdade de Direito de Lisboa. Fez toda a carreira profissional na banca comercial, fez grande parte da sua carreira profissional em Tomar. É um leitor devoto dos clássicos e um cultor da palavra escrita. Tem muitos anos de colaboração na imprensa regional através de artigos de opinião. É autor dos romances “Sortilégios”, “O Pego das Bruxas” e “Desamores”, tendo publicado em 2019 “Elisa”, o pretexto para esta entrevista.
Jornal e Rádio Cidade de Tomar – O que é que o liga a Tomar?
Manuel Traquina – Tomar é a minha cidade do coração. Fiz grande parte da minha carreira profissional em Tomar. Casei em Tomar, aqui nasceram os filhos e criei muitas amizades em Tomar. As minhas relações sociais ainda estão em Tomar. Para além do mais, Tomar é uma cidade lindíssima.
Acabou por adoptar Tomar como cidade natal?
Em determinada altura devo ter bebido água da Fonte da Prata (risos) e como sabe aquilo tem um efeito encantatório. Quando bebemos água dessa fonte criamos raízes a Tomar que se fixam de tal maneira que não há nada que as arranque.
Como é que se descreve, o que é nos pode dizer sobre si?
Eu não sou a pessoa mais qualificada para me qualificar, passe a redundância. Sou um cidadão comum, que aprecia as coisas boas da vida, que as cultiva, que tenta ser o mais integro possível e que hoje, graças a deus, ainda arranja inspiração, para escrever, para pintar, enfim… para divagar sobre aquilo que vejo, sobre aquilo que observo, sobre aquilo que merece alguma crítica – tenho uma visão muito crítica sobre aquilo que me rodeia – e, portanto, estou situado no meu mundo.
Atualmente onde é que reside?
Estou exilado em Abrantes.
Temos de falar obviamente dos seus livros. No ano passado publicou o romance “Elisa” (Medio Tejo Edições/Origami Livros). É um confesso romântico?
Um romântico indefetível. Não há volta a dar. Os meus livros têm todos um cunho que eu poderei dizer que são autobiografias ficcionadas ou ficções autobiografias, isto para dizer que nada daquilo que nós escrevemos deixa de passar pela nossa vivência e pelas circunstâncias em que vivemos. Eu queria referir que, antes da “Elisa”, o primeiro livro que eu escrevi foi o “Sortilégios” que decorre em duas partes: a primeira num ambiente do interior – é também uma história de amor que começa numa zona rural – e a segunda parte decorre inteiramente em Tomar. Foi publicado pela “Palha de Abrantes” em 2014.
– Leia a entrevista completa na edição do Jornal “Cidade de Tomar” que vai para as bancas a 24 de setembro e oiça no Programa “Nós por cá” que passa na Antena da RCT no sábado, 26 de setembro, entre as 10h e as 11h00.