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Casa do Concelho de Tomar promove seminário para debater migração, emigração e imigração

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A Casa do Concelho de Tomar em Lisboa vai prover, em três sessões, em diferentes datas, um seminário sobre os “Efeitos do Movimento Migratório das Gentes Rurais do Século XX e Retorno às Origens no Século XXI”, um tema atual que está a ser preparado por uma vasta equipa de pessoas entendidas na matéria. O Jornal/Rádio Cidade de Tomar falou com Carlos Galinha (presidente da Casa do Concelho), Pinho Neno e César Afonso, três dos elementos da equipa, sobre os objetivos deste seminário.

– Como é que surge a ideia de promover este seminário?

– Carlos Galinha (CG) – Este seminário integra-se nas atividades da Casa do Concelho de Tomar e pretende trazer um valor acrescentado para o regionalismo com temas ligados à sociedade portuguesa. A Casa do Concelho esta sedeada em Lisboa, que é uma área de migrações. Para este seminário decidi convidar o César Afonso, presidente da mesa da assembleia da Casa de Vinhais, que colabora ativamente em seminários sobre várias temáticas. O César ficou encantado com a ideia, considerando ser um ótimo tema para um seminário. Convidei também o Dr. Pinho Neno, um entendido das comunidades portuguesas, foi também convidado José Arsénio, António Madureira, José Amaral Lopes (presidente da Junta de Alvalade), Ernesto Jana (historiador) e Jaime Ferreira Carvalho (locutor da RDP), entre outros, é uma grande equipa. Serão três temas em três sessões diferentes. A primeira acontece a 18 de maio sobre o tema “Tomar – Lisboa – porto de abrigo da comunidade tomarense”; a 15 de junho sobre a emigração, dedicado às razões que levaram os portugueses a emigrar e a 6 de julho sobre a imigração, as razões da vinda de migrantes para o nosso país e que mais-valias podem trazer ao nosso país. Temos vários palestrantes já confirmados, pessoas que se dedicam a estes temas. As sessões vão realizar-se todas na Casa do Concelho de Tomar, em Lisboa.

– Tomar também vai estar em análise?

CG – Sim, Tomar é um caso relevante, por um lado, pelos tomarenses que foram para Lisboa e por outro lado por aqueles que foram para a Faculdade estudar e não regressaram. Mas o que se pretende analisar é a razão que levou os portugueses a emigrar, grande parte em busca de melhores condições de vida, mas, e quando regressam, será que poderão criar oportunidades para a região que os viu nascer?

– É cada vez mais importante falar nestes temas?

– Pinho Neno (PN) – Sim, a emigração é um fator de sucesso e desenvolvimento, se não houvesse emigração, as pessoas ficavam fechadas numa porta. Há causas e objetivos de quem parte. Para emigrar é preciso ter coragem de partir, mas para ficar também é preciso ter coragem. A mobilidade em Portugal é muito intensa desde a fundação do país, também houve sempre migração. Vieram para cá, para o “chão português”, o que, na altura, era visto como o “armazém da luz”. A mobilidade promove o desenvolvimento entre culturas, permite novas realidades, o que leva ao desenvolvimento. Portugal é um país de migração. E há várias razões para isso. Por exemplo, a II Guerra Mundial destruiu parte da Europa, que passou a ser um espaço de ocupação soviética e anglo-saxónica e, para evitar que os russos avançassem, os americanos decidiram defender a Europa Central e, nesta altura, Portugal resolveu acorrer a esse protesto para ajudar ao desenvolvimento da França, que ficou bastante destruída. Para a França foram professores para ensinar Português, pastores, bombeiros, todos para ajudar a desenvolver a Europa e trazer proventos para desenvolverem aqui o seu ninho. E isso foi notório até a nível da arquitetura, em que surgiram as casas estilo francês, suíço… A migração é um fator fundamental para o desenvolvimento cultural.

Entrevista na íntegra na edição impressa de 19 de abril.

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