Cidade Tomar – Como é que o vereador está a viver este isolamento?
Hélder Henriques – Em determinadas situações tenho recorrido ao teletrabalho e realizado reuniões por videoconferência, quando não é possível realizá-las presencialmente. Noutras situações tenho ido à câmara porque tenho a gestão de processos e em casa não é possível aceder com tanta facilidade e ter celeridade na resposta aos pedidos que tenho na minha caixa e, como tal, tenho ido à câmara para despachar esses processos. É uma tarefa bipartida entre casa e a câmara.
– São tempos difíceis os que todos vivemos?
– Sim, temos de nos adaptar à situação com paciência e disciplina, equilíbrio e capacidade de sofrimento porque estas coisas implicam sofrimento a nível mental. Para que que no fim tenhamos um bom resultado, cada um deve dar o seu contributo em proveito de uma solução, cada um deve entender que é um agente de saúde pública. Se cada um fizer o que lhe compete, grande parte do trabalho está feito. A minha preocupação é que tenhamos de dar um passo atrás, pois será complicado retomar tudo do início.
– O vereador cumpre tudo o que é exigido?
– Eu tento cumprir, mas ainda não interiorizámos tudo. Por vezes esquecemo-nos de alguma coisa porque ainda não interiorizámos estes novos hábitos.
– Há quem lamente a forma como o mercado funciona atualmente. Quais foram os procedimentos tomados no mercado desde o início das restrições?
– Foi nossa preocupação, quando foram implementadas as primeiras medidas, em março, que o mercado se mantivesse a funcionar. Era importante ter mais um espaço de oferta para que as pessoas pudessem adquirir os seus produtos e, por outro lado, quem vende, ter ali o seu posto de trabalho, pois alguns vendedores só vivem da atividade do mercado. Por uma questão de organização e de confinamento, o mercado foi encerrado à segunda e quarta feira e mantém-se em funcionamento às terças, quintas, sextas e sábados (…).
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