O Instituto Politécnico de Tomar (IPT), através do seu laboratório VITA.ipt, está a produzir viseiras de proteção, através de impressão 3D, para serem oferecidas aos hospitais da nossa região e outros que delas precisem. O Jornal “Cidade de Tomar” falou com o Eng. Pedro Neves (LEE-Lab.ipt), para ficar a conhecer mais sobre este projeto solidário em tempos de pandemia.
Elsa Ribeiro Gonçalves
1 – Em que consiste o projeto APT3D e como surge o IPT ligado ao mesmo?
Pedro Neves – Quando começaram a surgir os primeiros casos de Covid-19 e foi noticiada a falta de equipamento de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde, incluindo viseiras de proteção, iniciei a pesquisa de uma forma de as produzir usando as impressoras 3D que o Instituto Politécnico
de Tomar (IPT) possui nos seus laboratórios, nomeadamente no laboratório VITA.IPT. Nessas pesquisas surgiu com algum destaque o projeto APT3D, que consistia numa rede nacional de voluntários das mais diversas áreas do conhecimento, que se juntaram com o objetivo de partilhar com os seus conhecimentos relacionados com a impressão 3D de viseiras.
Decidi então juntar-me a esta rede de voluntários, tendo a ideia sido imediatamente bem acolhida e apoiada pela Presidência do Instituto Politécnico de Tomar. Deste modo, o IPT conseguiu uma forma de integrar a sua produção de viseiras numa estrutura de nível nacional ajudando a dar resposta aos muitos dos pedidos que iam surgindo de todo o país à APT3D. De momento a APT3D, que surgiu de um movimento de voluntários, já se encontra instituída como associação sem fins lucrativos para futuramente continuar a abraçar novas causas em que a impressão 3D possa ser um aliado.
2 – Quais os objetivos gerais do projeto e o que os motivou a aderir ao mesmo como voluntários?
A iniciativa APT3D surgiu no âmbito da iniciativa global “ProjectOpenAir”, de desenvolvimento de equipamentos de auxílio às equipas médicas da linha da frente no combate ao Covid-19, após se constatar a enorme falta de EPI’s. Para além das viseiras a rede da APT3D está de momento também a produzir pentes de suporte de máscaras, estando já à procura de outros equipamentos que sejam necessários e em que exista falta no mercado e possam ser impressos em 3D.
- Leia a entrevista completa na edição que vai amanhã para as bancas