A Comissão Concelhia do PCP de Tomar divulgou um comunicado sobre as descargas poluentes no rio Nabão, referindo-se à descarga do dia 16 de abril e considerando que “esta descarga, como muitas outras que se vão sucedendo, cada vez que chove com mais intensidade, só provam que alguém, aproveitando-se destas condições, de pluviosidade intensa, faz descargas, porque já está habituado, e passa impune sem que nada lhe suceda. Como já afirmámos várias vezes, tendo sido a última a 19 de dezembro de 2019, a autarquia tomarense tem que efetivamente se assumir como legítima e primeira entidade que pretende defender o património do concelho e o rio Nabão é o património maior de Tomar”.
Refere o PCP que a empresa intermunicipal Tejo Ambiente que gere neste momento os sistemas de abastecimento de água e saneamento básico e da qual é presidente do seu conselho de administração, a presidente da Câmara Municipal de Tomar, “ainda não apresentou à população do concelho de Tomar quais são os planos, para solucionar este grave problema ambiental, que vão ser desenvolvidos em Ourém e também em Tomar. Em Ourém onde as ETAR’S do Alto do Nabão e de Seiça que já não funcionam em condições, há muito tempo, e em que as redes de drenagem vindas desse concelho apresentam muitos problemas, para além de não haver separação entre as águas residuais e as águas pluviais. E em Tomar onde já foram identificados mais de uma dezena de focos de poluição ao longo do rio e sobre os quais nada se tem feito. A empresa intermunicipal Tejo Ambiente, porque é recente, ainda não deve ter tido tempo para definir a sua responsabilidade social e ambiental, mas isso não a impede de se pronunciar sobre as suas preocupações ambientais, caso as tenha, e sobre o impacto no ambiente destas descargas poluentes”.
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Foto: Paulo Marques