A AETCB – Associação dos Empresários de Turismo do Castelo do Bode emitiu um comunicado onde manifesta a sua preocupação com a situação atual de pandemia e o impacto turístico da mesma. “A Saúde é o bem mais importante e pelo que se saúdam as medidas tomadas para controlar a disseminação do vírus. Na segunda linha, vem naturalmente a preocupação com a economia do mundo, do país e com o que se passa com o nosso setor, constituído por microempresas”, referem.
No comunicado emitido, referem que o objetivo deste documento passa por manifestar o desejo de rápido regresso à normalidade e contribuindo para que seja possível continuar com a atividade em prol da economia local. “O Turismo está na linha da frente dos danos económicos que esta pandemia está e irá causar. As microempresas, sendo muito resilientes e com grande capacidade de adaptação, têm normalmente uma situação de tesouraria e financeira frágil. Neste território – Castelo de Bode – o turismo e as microempresas são o que de mais importante temos para tentar inverter os processos de empobrecimento das regiões de baixa densidade”, descrevem.
No comunicado enviado às redacções é frisado que “os alojamentos turísticos, os restaurantes, os bares, as praias fluviais, as empresas de animação turística fecharam as suas atividades. Registaram faturação zero em março e abril, na maioria dos casos. O mês de maio ao que tudo indica seguirá o mesmo trajeto. Além disso, registam-se inúmeros cancelamentos, mesmo para os meses de junho a agosto. Os eventos previstos também estão a ser cancelados, sendo que a ideia de evitar contactos sociais e grandes aglomerados vai perdurar na mente das pessoas. Não se sabe quando voltarão a operar as companhias aéreas e em que condições e as fronteiras a manterem-se fechadas, o que significa que em 2020 não se pode contar com turistas externos. A perda de rendimento das pessoas, paralelamente, vai condicionar também as férias dos nacionais. O cenário não é muito agradável”.
O documento prossegue, salientando a importância do turismo para a economia nacional, cerca de 12% do PIB. “Compete-nos a todos nós contribuir para ultrapassar este desafio, com a grande capacidade de adaptação, resiliência e inovação que o setor sempre mostrou. Espera-se mudanças no comportamento do consumidor, pelo menos no curto espaço. O novo turista irá procurar segurança sanitária acrescida, locais com pouca pressão turística, unidades de alojamento, restauração e visitação de pequena dimensão, partilha de experiências ou eventos com poucos participantes e em que seja garantido que existe espaço de segurança entre as pessoas”, atestam os empresários.
Para a AETCB, a “Segurança Sanitária” será a palavra-chave para a recuperação da vontade de viajar. “Neste contexto, queremos deixar uma mensagem de esperança para o nosso território e para as nossas empresas. A tendência será o aumento da procura dos locais com tranquilidade, com poucas pessoas onde se possa estar com “espaço”, ou seja o que normalmente associamos ao mundo rural e aos territórios de baixa densidade”, dizem.
Segundo os mesmos, as propostas de turismo do Castelo de Bode encaixam perfeitamente nesta nova tendência. No entanto, talvez seja o momento certo para qualificar as empresas, para garantir que a “capacidade de carga do território” não é ultrapassada. “A AETCB irá criar um conjunto e recomendações aos seus associados, por forma a garantir a adaptação dos serviços de cada um a uma maior resposta à necessária segurança sanitária e confiança dos turistas. Estas passam, certamente, pela recomendação das normas de proteção individual dos colaboradores mas também por forma a garantir o funcionamento com poucas pessoas, evitando grandes aglomerados. Queremos proporcionar experiências muito personalizadas e individualizadas ou para grupos muito reduzidos”, asseguram.
“O Castelo de Bode irá reforçar a sua imagem de que é o local ideal para fazer umas férias em segurança e com tranquilidade. Na linha do apelo das entidades competentes, reiteramos o convite para se fazer férias em Portugal. No entanto, terá sempre a preocupação de manter as características que o diferenciam e que são únicas. Importa assegurar que a tranquilidade continuará mesmo nesta fase, para turistas e para os residentes”, atestam.
De acordo com a associação de empresários, o Castelo de Bode, pelas suas características, será sempre um destino não massificado e assim deverá permanecer. Queremos, deste modo, contribuir para o desígnio nacional da retoma deste ano difícil e imponderável nas nossas vidas pessoais e coletiva, esperamos contar com o apoio dos Portugueses, que podem marcar as suas férias desde já, ajudando assim a que a recuperação seja mais rápida. A oferta turística pode ser consultada no site da AETCB em www.turismocastelobode.pt .