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Nota do diretor: E assim se passaram 36 anos de rádio

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Na verdade, inaugurada que foi em 20 de outubro de 1989, a Rádio Cidade de Tomar sempre se afirmou como uma defensora da Comunidade Tomarense, dando voz aos que a não têm, mesmo perante os poderes públicos e quando é difícil serem ouvidos.
Mais: dar acompanhamento aos que na comunidade, por vezes incapacitados e, portanto, permanecem nas suas casas, sentem na Rádio Cidade de Tomar o amparo que necessitam e se sentem merecedores, muitas vezes no abandono a que são votados.
É, em meu entender, este o enorme desígnio porque se norteia a Rádio Cidade de Tomar. Desígnio em dar a notícia, por vezes dura, como sucedeu quando o tornado atingiu Tomar. Tornando audível o pulsar de uma comunidade quando se sente atingida face a intervenções, muitas vezes mal explicadas, mesmo inexplicáveis, do Poder Central contra a nossa identidade. Relatando intervenções eleitorais, ouvindo os vencedores e os vencidos. Mas sempre com independência, como desde a 1.ª emissão, já lá vão 36 anos, defendemos.
É, pois, a meu ver, o que faz o sucesso desta Rádio e que o suplemento, que inserimos na edição de Cidade de Tomar da passada semana, retratou e refletiu. Uma verdadeira Rádio Local, que, sempre presente, levou, e leva, Tomar aos quatro cantos do Mundo e que o espetáculo de aniversário, realizado na passado domingo, no coração da Feira de Santa Iria, permitiu afirmar. Bem-hajam, por isso, todos os participantes e os que nesta casa deram o seu melhor pelo sucesso obtido, e que tenho de registar.
Todavia, importa nesta minha nota não esquecer a realidade que Portugal apresenta em termos de cobertura jornalística, e que imprensa, nacional, regional e local tem manifestado preocupação. A pergunta que lanço, e deixo à reflexão dos que leem e ouvem, é no sentido de saber se um País pode viver sem jornais ou rádios, locais ou nacionais? Reafirmo – deixo para reflexão.
E deixo, igualmente, para reflexão a análise do falecimento de Francisco Pinto Balsemão, que nos deixou no dia de ontem. Outros tecerão elogios, o seu passado, etc. Eu acentuo a coragem de um Homem que sonhou e concretizou um projeto jornalístico que honra Portugal – o Expresso, de que retenho o seu n.º 1, que guardo nos meus arquivos. Posteriormente, o lançamento da SIC e as diligências que assumiu para que o canal, o terceiro canal, fosse atribuído.
Finalmente, não devemos esquecer a coragem quando outros, num ato de censura? (que estranha censura), retiraram ao Expresso a publicidade institucional, como aconteceu. Mas Francisco Pinto Balsemão resistiu. Importa, nesta hora, lembrá-lo. E do Ribatejo Norte, Cidade de Tomar envia à Família e a todos os que sentem o Expresso e a SIC, os nossos sentidos pêsames.
O diretor,
António Cândido Lopes Madureira.

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