O site da Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, divulgou na passada sexta-feira (dia 21) o memorando “America First Investment Policy” (Política de Investimento América Primeiro), anunciando o reajustamento das políticas de investimento do país. O conteúdo principal do documento é definir uma “zona proibida” para os investimentos recíprocos entre a China e os EUA.
O memorando afirma, por exemplo, que impedirá que indivíduos relacionados com a China “adquiram empresas e ativos importantes dos EUA”, restringirá “investimentos em setores estratégicos dos EUA, como tecnologia, infraestrutura crítica, agricultura e energia” e “considerará impor novas ou expandir restrições ao investimento dos EUA em semicondutores, inteligência artificial, tecnologia quântica, biotecnologia e outros campos relacionados com a China”.
Nos últimos anos, os EUA sempre aproveitaram a chamada “segurança nacional” para impor medidas de revisão de investimentos e de controle de exportação contra a China, tentando enfraquecer a influência económica chinesa, especialmente as capacidades de desenvolvimento do país asiático na área de alta tecnologia.
Ao longo dos anos, o governo norte-americano vem alegando que aplica o sistema económico de mercado mais livre e aberto, mas as suas práticas reais têm sido constantemente “revertidas”. Sobre a política económica conservadora geral dos EUA, alguns políticos norte-americanos justificam a preocupação com a concorrência vinda do mercado externo. Frequentemente recorrem a meios injustos, interferindo ou impondo restrições a investimentos normais e fusões e aquisições entre países, com o pretexto da chamada “segurança nacional”. As medidas norte-americanas não visam apenas a China, mas também os seus aliados. Há não muito tempo, os EUA fizeram todo o possível para obstruir a aquisição da empresa United States Steel pela Nippon Steel, o que acabou por levar ao fracasso do plano.
Nos últimos anos, com o desenvolvimento da economia chinesa, muitas empresas do país investiram nos EUA, um comportamento normal de mercado. Muitas empresas norte-americanas também estão dispostas a aceitar investimentos chineses, acreditando que isso ajudará a enriquecer o capital de desenvolvimento e a obter mais lucros e oportunidades de desenvolvimento. Atualmente, há mais de 7 mil empresas da China a investir e a fazer negócios nos EUA.
Alguns políticos norte-americanos acreditam que, ao restringir o investimento na China das suas próprias empresas de alta tecnologia, podem abrandar o ritmo de desenvolvimento da China e impedir os seus avanços industriais.
Mas a verdade é que, perante a pressão externa, a China acelerou os seus passos na inovação científica e tecnológica. Em contraste, devido às políticas restritivas norte-americanas, a participação de mercado e os lucros de muitas empresas norte-americanas na China foram afetados. Se a Casa Branca insistir em expandir as restrições a investimento, o espaço de geração de riqueza das empresas norte-americanas será reduzido ainda mais.
Segundo analistas, “o poder das regras de mercado é forte, o desejo de cooperação entre empresas chinesas e norte-americanas é grande e a cooperação com benefícios recíprocos é a melhor opção para os dois lados”. E sublinham:
“Restringir à força o investimento mútuo é como ‘dar um tiro no próprio pé’. Os EUA devem pensar duas vezes antes de agir nessa direção”.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China