A Cimeira para a Ação sobre a Inteligência Artificial (IA), realizada em Paris, atraiu a atenção global. Líderes e representantes de alto nível de mais de 30 países e chefes de organizações internacionais participaram nesta reunião na capital francesa. Durante dois dias, discutiram soluções para que a IA sirva vários campos, exploraram o estabelecimento de um ecossistema de IA resiliente e aberto e conversaram sobre a governança global da IA. Posteriormente, 61 signatários, incluindo França, China e Índia, emitiram uma declaração conjunta, prometendo desenvolver essa tecnologia de maneira “aberta, inclusiva e ética”.
Nesta Cimeira, o representante do Presidente chinês e Vice-Primeiro-Ministro da China, Zhang Guoqing, afirmou que o seu país “participa da governança global de IA com uma atitude altamente responsável e convida todas as partes a participarem da Conferência Mundial de Inteligência Artificial de 2025 na China”.
Como uma nação emergente em IA, a China é um dos primeiros países a reivindicar o reforço da governança global desta tecnologia. Em outubro de 2023, o Presidente chinês, Xi Jinping, propôs a Iniciativa Global de Governança de IA. Em julho de 2024, a China propôs uma resolução para fortalecer a cooperação internacional em capacitação em IA, aprovada na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Esta foi a primeira resolução da ONU sobre cooperação internacional no tema. No passado mês de novembro, na Cimeira do G20 no Rio de Janeiro, Xi Jinping enfatizou a necessidade de fortalecer a governança e a cooperação internacional em matéria de IA, para garantir que essa tecnologia seja usada para beneficiar toda a humanidade, e para evitar que se torne “um jogo para países ricos e pessoas abastadas”.
A este propósito, dirigentes chineses afirmam:
“Ao contrário de alguns países ocidentais que tentam usar a inteligência artificial como uma ferramenta para manter a hegemonia, a China sempre defendeu o desenvolvimento universal da ciência e tecnologia e quer compartilhar experiências com todos os países. O modelo de IA DeepSeek da China, adota o código aberto. A IA é uma ‘faca de dois gumes’. Pode ser uma força para melhorar a governança social e manter a segurança internacional, mas também pode converter-se numa fonte de ameaça à equidade e justiça e um perigo para a paz e a estabilidade. Como fazer bom uso desta ‘faca de dois gumes’? A Iniciativa Global de Governança de IA proposta pela China oferece uma solução chinesa. Vale a pena que o Mundo a ouça e responda em conformidade”.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China