O Dia Mundial da Rádio celebra-se, anualmente, a 13 de fevereiro. Neste dia, a Rádio Cidade de Tomar está a receber várias visitas, nomeadamente de escolas.
Este dia foi proclamado na 36.ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 2011. O seu objetivo é demonstrar a importância da rádio enquanto meio de comunicação, que consegue alcançar populações mais remotas, garantindo o acesso à informação e ao ensino.
No atual contexto mundial, o apoio à liberdade de imprensa e às estações de rádio livres e independentes é uma necessidade absoluta. Em 2025 o tema escolhido “Rádio e Alterações Climáticas” celebra as muitas oportunidades que a radiodifusão oferece para dar destaque às questões relacionadas com as alterações climáticas.
A UNESCO refere que 2025 é um ano crucial para as alterações climáticas. De acordo com o Acordo de Paris, se a humanidade quiser limitar o aquecimento global a 1,5°C, as emissões de gases com efeito de estufa devem atingir o seu pico o mais tardar nesse ano, antes de começarem a diminuir. A Resolução 67/124 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 18 de dezembro de 2012, apoiou e reforça a celebração desta data.
Hugo Costa: “As rádios locais têm uma importância significativa no território”
A Rádio Cidade de Tomar convidou o presidente da Assembleia Municipal de Tomar e deputado na Assembleia da República eleito pelo PS, Hugo Costa, para falar sobre o presente e futuro da rádio. Refere que é um ouvinte dedicado da rádio uma vez que faz muitas deslocações de carro pelo distrito de Santarém e nas idas para Lisboa, onde a rádio é a sua companhia. “As rádios vivem um momento muito delicado. As novas tecnologias, as novas formas de comunicação colocaram novos desafios à rádio, porque o mundo de hoje é completamente diferente do mundo dos anos 80 ou 90, em que proliferaram rádios locais e nacionais e que hoje vivem dias diferentes”, disse. Acrescentou que a rádio tem que se adaptar às novas tecnologias e à parte digital e capacitar que tenha informação no território, uma vez que as rádios locais têm uma importância significativa no território.
Para Hugo Costa, “as rádios têm essa dificuldade histórica, nos últimos anos, de se conseguirem afirmar, nomeadamente as locais, quer pela dificuldade de conseguirem patrocínios, quer pela dificuldade de conseguirem ter apoios públicos. Não faz sentido as rádios locais estarem fora dos tempos de antena nacionais. Como também não fazia sentido nenhum, por exemplo, as rádios pagarem taxas e mais taxas para terem, acesso aos serviços da Lusa, sendo esta uma instituição pública. Acho que temos que encontrar novas fontes de financiamento para as rádios”, defendeu, como a questão de os Editais serem publicitados quer nas rádios, quer nos jornais locais é crucial. “Temos um grande desafio, porque temos mais de metade dos concelhos do distrito de Santarém sem rádios locais e as que existem enfrentam dificuldades e, se nada for feito, tendem a desaparecer”, considera.