O PIB da China atingiu, nos primeiros 9 meses deste ano, o valor de 94.970 mil milhões de yuans (cerca de 12.340 mil milhões de euros), o que representa um aumento de 4,8 % em relação ao mesmo período do ano passado – revelam dados oficiais divulgados no passado dia 18.
Apesar disso, importa referir que o crescimento da economia chinesa parece estar em desaceleração, pois o crescimento do PIB foi baixando em cada um dos trimestres: 5,3% no primeiro, 4,7% no segundo e 4,6 no terceiro. Contudo, os analistas consideram que se trata de “um fenómeno normal, porque a recuperação da economia mundial está mais fraca do que o esperado, para além de existirem frequentes conflitos geopolíticos”.
A verdade é que estas turbulências não estão a afetar a confiança das empresas estrangeiras na China. Assim, há alguns dias, a empresa americana Apple concluiu o seu laboratório de pesquisa de aplicações em Shenzhen. Em setembro, a alemã Audi anunciou o plano para criar a maior apresentação de produtos da sua história para o mercado chinês. A GE Healthcare, outra empresa americana, também declarou que vai duplicar o seu investimento em I&D (Investigação e Desenvolvimento) na China nos próximos três anos.
Para as empresas multinacionais, a China agora não é apenas um enorme mercado para vendas, mas também um palco de inovação de ponta. Com a formação acelerada das novas forças produtivas de qualidade, nos primeiros nove meses deste ano a taxa de crescimento anual do valor acrescentado das indústrias transformadoras de alta tecnologia foi 3,3 por cento superior à taxa de crescimento da indústria em geral.
Além disso, a produção e o consumo das energias eólica, nuclear e fotovoltaica também mantiveram um crescimento rápido. O relatório deste ano da Organização Mundial da Propriedade Intelectual mostra que a classificação do índice de inovação da China subiu mais um lugar, ocupando agora a 11.ª posição.
Segundo observadores, as expectativas das empresas estrangeiras na China são estáveis e de longo prazo, numa dinâmica que resulta do crescimento, mas também de novas políticas e maior abertura, que envolvem um maior ajustamento contra-cíclico da política macroeconómica, a expansão da procura interna efetiva, o aumento da assistência às empresas, a promoção da estabilização do mercado imobiliário e a dinamização do mercado de capitais.
Neste momento decorre em Guangzhou a 136ª Feira de Cantão, com números que atingem novos recordes históricos. A 7ª Exposição Internacional de Importação da China será inaugurada no dia 5 do próximo mês. E muitos outros eventos internacionais serão realizados na China neste ano. Analistas referem que “a aplicação das medidas de abertura elaboradas pela 3ª Sessão Plenária do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China traz mais oportunidade de desenvolvimento para empresas estrangeiras no país”.
E concluem:
“Mesmo com um ambiente externo menos favorável, a economia chinesa mostrou a sua forte vitalidade e resiliência, esperando, com plena confiança, alcançar o objetivo de crescer 5% este ano, o que também contribuirá positivamente para a economia mundial”.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China