“Um acordo histórico!” – foi como o Secretário-Geral da ONU classificou o Pacto para o Futuro adotado no passado domingo pela Cimeira do Futuro promovida pelas Nações Unidas e com a participação de 130 chefes de Estado e de Governo. António Guterres sublinhou que se trata de “uma mudança radical em direção a um multilateralismo mais eficaz e inclusivo”. E acrescentou:
“As pessoas em todo o mundo querem um futuro de paz, dignidade e prosperidade. Apelam a uma ação global para enfrentar a crise climática, combater a desigualdade e enfrentar os novos riscos que ameaçam todos.”
O documento agora aprovado inclui o Pacto Digital Global e a Declaração de Compromisso com as Futuras Gerações, focado nos cinco temas de desenvolvimento sustentável, paz e segurança, inovação científica e tecnológica, juventude e futuras gerações, assim como governança global.
Enquanto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China manifestou o seu apoio a esta Cimeira. O enviado especial do Presidente chinês, foi o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, que ali apresentou quatro iniciativas do seu País “visando a construção de um futuro pacífico, com desenvolvimento, prosperidade, equidade e justiça”. Reiterou a defesa de um sistema internacional baseado nas Nações Unidas, “que salvaguarde os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento e promova uma globalização económica inclusiva e universalmente benéfica”.
Segundo alguns observadores, estas propostas da China “parecem ser uma importante garantia no sentido da concretização do Pacto para o Futuro, estando em consonância com os conceitos e os objetivos plasmados no documento”. E justificam:
“O conceito de comunidade de futuro compartilhado para a Humanidade tornou-se, na última década, conhecido no mundo inteiro e foi incluído no documento das Nações Unidas. A China também sugeriu a construção de comunidades globais voltadas para o ciberespaço, para a segurança nuclear, para a proteção dos oceanos e para a saúde”.
Como referiu António Guterres, a China tornou-se em importante pilar do multilateralismo, cujo objetivo é construir uma comunidade com futuro partilhado.
E os dirigentes chineses sublinham:
“Quando pudermos converter separação, confronto e exclusão em unidade, cooperação e inclusão, um mundo mais promissor deixará de ser um sonho e tornar-se-á realidade”.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China