Ceyceyra Medieval na sua 8.ª edição tem como tema de recriação histórica: A povoação que D. Dinis mandou criar no século XIV regressa de novo à Idade Média.
Em 1301, o rei D. Dinis ordenou a criação de duas povoações, na Ceyceyra e na Atalaya. Na primeira destas, no sul do concelho de Tomar, e como vem sendo hábito há perto de uma década, celebra-se, nos próximos dias 21 e 22 de setembro, a riqueza histórica de um território que foi concelho durante vários séculos.
A Ceyceyra Medieval tornou-se já um dos mais apetecidos eventos de final de verão na região, onde o casario bucólico e pitoresco é o cenário perfeito para a reconstituição, sempre atenta ao rigor histórico, dos tempos em que aquele era ponto de passagem cobiçado pelos vizinhos e sujeito a querelas.
Mantém-se, deste modo, uma sequência cronológica de ano para ano, desta vez com enfoque nos acontecimentos que, logo nos anos iniciais do século XIV, contribuíram de forma decisiva para transformar o sítio de Ceyceyra de pouco mais que local de passagem numa povoação em franco desenvolvimento.
Para isso, o rei mandou sucessivamente criar essas duas póvoas no então caminho real para Tomar e, em seguida, emitiu carta de povoamento para ambas. Além de muitos e diversos momentos de animação, estes dois episódios históricos serão recriados no sábado e no domingo.
A Ceyceyra Medieval, organizada pela Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Asseiceira, em parceria com a Junta de Freguesia local e o Município de Tomar, e que se começou a realizar na sequência do êxito das celebrações dos quinto e sétimo centenários dos forais régios concedidos ao antigo concelho rural, permitirá aos visitantes encontrarem a reconstituição de um burgo medieval, fervilhante de vida, graças ao extenso programa de animação que inclui música, dança, arruadas, animação de rua e recriações de momentos históricos, onde não faltarão as figuras da época, entre as quais os cavaleiros templários, que também chegaram a ter soberania sobre o lugar. Não faltarão igualmente as tabernas e tendas dos mercadores, que hoje, como então, são das principais atracções, num evento com entrada livre.