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Adega da Gaveta: tudo começou com o avô Margarido e agora a nova geração quer aumentar a produção e firmar a marca

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Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

“Tudo começou com o avô José Margarido, o responsável por toda esta aventura”, assim diz Francisco Margarido, da Adega da Gaveta”, localizada na Serra de Tomar.

Na data, o avô fazia vinho para consumo da casa, “um hábito aqui na nossa região”, diz Francisco, referindo que “as vinhas mais velhas que temos têm 50 anos, mas há mais de 50 anos que o meu avô fazia vinho para consumo e também vendia”. Amigos do avô, do Alentejo, costumavam vir à Serra uma vez por ano, era um dia de convívio, com um belo cozido à Portuguesa e a prova do vinho, o qual no final, os amigos levavam para o Alentejo. Os amigos aqui da zona também adquiriam o vinho que o avô fazia.

A vinha ocupa cerca de 2,5 hectares, a qual se tem vindo a expandir um pouco. Na vinha há ainda videiras com 200 anos e na Adega também há vestígios do passado, como as barricas originais que o avô usava, a prensa e pisa tradicionais e uma gaveta, a qual deu o nome à “casa” – a Adega da Gaveta. Este nome acabou por surgir como homenagem ao avô Zé. Segundo Francisco Margarido, “era hábito por estas zonas mais rurais que os amigos se reunissem ao fim de semana e visitassem as adegas uns dos outros. Quando isso acontecia na adega do Margarido havia sempre algo, pão, presunto, para petiscar, na gaveta da mesa de madeira”, afirma.

Depois de várias tentativas para atribuir um nome à Adega, as quais, fruto de muita burocracia e por terem sido reclamadas por outras marcas, foram recusadas, surgiu esta ideia da gaveta, a qual foi muito bem recebida e, segundo Francisco, identifica-se muito com a vivência do espaço.

Francisco e os pais sempre tiveram esta ligação à Adega e ao trabalho do avô. Francisco diz mesmo que “sou a geração que cresceu em Lisboa, mas esteve sempre ligado à terra, todos os fins de semana e as férias de verão eram passados na terra”. Mais tarde, Francisco começa a ganhar outro interesse por esta atividade quando percebeu que existia potencial e que se podia ir mais além de fazer vinho mais caseiro para vender aos amigos.

Com uma formação na área da Eletrotecnia, Francisco começou a explorar a área, tendo, mais recentemente, feito uma pós-graduação em Enologia. No início o seu objetivo foi fazer como o avô e o pai, José Margarido, faziam, não mexer muito porque, segundo o mesmo, “a sabedoria antiga funciona bem. Há coisas que se faziam antigamente que resultam hoje em dia”, sublinha.

Foi neste ambiente que, entre 2016 e 2018, surgiram algumas experiências, mas foi em 2019 que avançaram para o mercado com um vinho tinto e viram a primeira marca aprovada, conseguindo a primeira referência para o mercado. Entre 2020 e 2021, foram abrindo mais o leque, com vinhos brancos e tintos e uma tentativa de rosé, que não avançou.(…)

Entrevista completa na edição impressa de 22 de dezembro.

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