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De 4 a 13 de novembro todos os caminhos vão dar à Golegã

Entrevista com o presidente e o vice presidente da Câmara Municipal da Golegã

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Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

De 4 a 13 de novembro de 2022 todos os caminhos vão dar à Golegã, vila que recebe este ano a XLVI Feira Nacional do Cavalo, XXIII Feira Internacional do Cavalo Lusitano e a secular Feira de São Martinho. Num evento onde o cavalo é rei, este ano há novidades a nível, quer organizativo, quer desportivo, sempre tendo em conta a tradição, que é um dos motivos que atrai sempre tantos visitantes. O Jornal/Rádio Cidade de Tomar falou com o presidente da Câmara Municipal da Golegã, António Camilo, e também com o vice presidente, Diogo Rosa, sobre as novidades do certame deste ano.

– A Feira da Golegã está aí. Este evento é uma alavanca de desenvolvimento não só para a Golegã como para a região, quais são os pontos altos este ano?

António Camilo – A Golegã é a Capital do Cavalo, mas também tem outras valências a nível do Turismo, nomeadamente, o Paúl do Boquilobo, a Casa – Estúdio Carlos Relvas, o Museu Martins Correia, a Biblioteca José Saramago, cujas comemorações do centenário terminam a 16 de dezembro com a plantação da centésima oliveira, mas sim, o cavalo é sinónimo do encontro de gentes, de saberes, a partilha de vivências e da tradição. Este ano tentámos, por todos os meios, ter uma melhor organização do certame e uma das coisas que debatemos é o facto de a Feira Nacional do Cavalo não se sustentar a si própria, mas tem de se sustentar porque um certame desta envergadura tem essas potencialidades. A câmara e porque, por inerência, o presidente da câmara é presidente da  Feira Nacional do Cavalo, vamos tentar criar a sustentabilidade do certame, o que ainda não vai ser possível este ano, mas estou convencido de que para o ano que vem vamos conseguir criar essa sustentabilidade até porque temos um outro certame, a Expoégua, em maio, que terá sempre os seus custos e a  Feira Nacional do Cavalo terá de suportar esses custos. (…)

António Camilo, presidente da Câmara Municipal da Golegã

***

– A Câmara da Golegã tem apostado no turismo equestre?

Diogo Rosa – A Golegã vive do turismo equestre, mas pode viver de muito mais. Em termos de turismo equestre, este é um diamante por lapidar porque a marca Capital do Cavalo está vendida e está bem vendida, toda a gente associa o cavalo à Golegã, só que falta ao turista quando cá chega viver o cavalo de todas as formas, poder fazer um batismo a cavalo, poder passear num carro de cavalos, poder visitar uma coudelaria, já é possível fazer, agora falta articular melhor todas essas ofertas em rede e depois o turismo equestre é uma alavanca para as outras áreas todas, não podemos olhar só para o cavalo em termos turísticos, temos de olhar para tudo o que podemos oferecer e estamos a falar do turismo natureza, uma vez que a Golegã tem a primeira Reserva da Biosfera do país, que é a Reserva do Boquilobo, a mais visitada do país, segundo o ICNF, mas temos também tudo o que gira à volta da gastronomia, temos excelentes restaurantes na Golegã, hotel, alojamentos locais, turismo rural, estes são bons indicadores, assim como as visitas aos museus municipais que também têm aumentado fruto de uma aposta na comunicação e na divulgação daquilo que de melhor temos para oferecer. Em termos da Feira, a Feira também é importante porque é um motor de turismo para a região, tanto para a região como para o país. Na região é difícil quantificar o impacto que tem diretamente na economia, mas tem um impacto em dormidas e refeições em concelhos que distam mais de 70 quilómetros e que beneficiam com a Feira. Um dos sinais dessa importância da Feira é dado pela presença, este ano, da Entidade Regional do Turismo do Alentejo/Ribatejo que, tendencionalmente e tradicionalmente, só está em feiras de dimensão nacional, mas nós conseguimos apresentar os argumentos necessários ao sr. presidente da Entidade de Turismo para demonstrar que esta Feira tem impacto nacional e cumpre com todos os requisitos da Entidade de Turismo, pois promove o turismo na região, inclusivamente, com impacto na região da Extremadura porque temos uma grande influência de turistas espanhóis já para não falar de visitantes de vários continentes como a Oceânia, África e Ásia. (…)

Diogo Rosa, vice presidente da Câmara Municipal da Golegã

Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa de 4 de novembro.

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