A candidatura que tem Leiria como primeiro responsável não foi umas das escolhidas pelo júri para ser sujeita a uma derradeira seleção. Os proponentes e parceiros desta candidatura apreciarão o seu impacte no planeamento das atividades que estavam previstas.
Segundo a organização, “a candidatura de Leiria a representar em 2027 Portugal no programa da Comissão Europeia denominado Capitais Europeias da Cultura foi tornada pública em 2016. De então para cá o município de Leiria empenhou-se em construir um projeto de raiz, sólido, suscetível de ganhar a adesão de um vasto território social e institucional e de mobilizar e densificar a sua capacidade criativa. Este esforço foi discutido e mereceu a adesão de 25 municípios distribuídos por 3 comunidades intermunicipais distintas (Leiria, Oeste, Médio Tejo), 2 politécnicos (Leiria e Tomar), uma associação empresarial (o NERLEI) e a diocese de Leira-Fátima.
Em princípios de 2019, estas entidades formaram a Rede Cultura 2027, assinando um manifesto, constituindo o seu modelo de governação e realizando o seu primeiro Congresso no ano seguinte. Foi já neste enquadramento que se constituíram as equipas de trabalho que escutaram os agentes e criadores do território, estabeleceram plataformas de ação e desencadearam a formação de redes específicas, daí resultando o programa de candidatura que foi submetido ao júri internacional nomeado pela Comissão Europeia para deliberar sobre aquela que virá a ser indicada por Portugal. Esse documento tem como título Cuidar do Comum. A candidatura que tem Leiria como primeiro responsável não foi umas das escolhidas pelo júri para ser sujeita a uma derradeira seleção, circunstância que naturalmente lamentamos. Refletiremos sobre os motivos desta decisão. Os proponentes e parceiros desta candidatura apreciarão o seu impacte no planeamento das atividades que estavam previstas. O compromisso da Rede Cultura 2027 será ajustado, em função dessa reflexão, mas a responsabilidade assumida em 2019 não será afetada. O território envolvido terá o seu projeto do Cuidar do Comum. Nesse sentido, iremos em breve reconverter o documento apresentado ao júri num plano de ação da Rede para o período 2022-2027. Sem a comparticipação dos fundos a que o título de Capital Europeia da Cultura daria acesso, teremos igualmente de rever o modelo de financiamento da Rede. O grande projeto de cuidar do nosso património artístico, cultural e de conhecimento assim o exige. As equipas de trabalho constituídas manter-se-ão, pois, em atividade, tal como até aqui. Uma palavra é devida a todos as cidades que connosco partilharam esta ambição de dar continuidade às honrosas Capitais Europeias da Cultura portuguesas: Lisboa (1994), Porto (2001), Guimarães (2012). Fomos solidários com todas elas em garantir a elaboração de projetos pertinentes. Damos os parabéns àquelas que prosseguem em competição”.