A CDU lançou um comunicado sobre a falta de médico nas freguesias de Carregueiros, Madalena/Beselga e Além da Ribeira/Pedreira, lembrando que o problema foi colocado na última reunião da Assembleia Municipal de Tomar e sublinhando que as questões colocadas ficaram sem resposta. Alerta também a CDU para o previsível agravamento desta situação em outras extensões de saúde e atribui responsabilidades ao ACES Médio Tejo, mas também à Câmara de Tomar.
Segundo o comunicado, “As populações residentes nas Freguesias de Carregueiros, Madalena e Pedreira acabam de ser confrontadas com a falta de médico nas suas Extensões de Saúde. Este era um problema anunciado e para o qual é urgente encontrar solução estável. Dizemos anunciado porque o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, entidade responsável pela colocação dos profissionais de saúde, sabia que a profissional que garantia o serviço estava a atingir a idade de reforma e que, portanto, era necessário assegurar atempadamente uma alternativa. Estas populações precisam e têm direito a ter acesso a cuidados de saúde primários nas suas Extensões Saúde. Sabemos que os responsáveis autárquicos das três Freguesias já estiveram reunidos com os responsáveis do ACES do Médio Tejo exigindo naturalmente a solução para o problema agora colocado aos seus fregueses. Na última Assembleia Municipal de Tomar, realizada a 26 de fevereiro, a CDU levantou este problema da falta de médicos e enfermeiros que impede o bom funcionamento das Extensões de Saúde do concelho. Dissemos então: “Um outro problema que nos preocupa é a cada vez mais sentida falta de médicos e enfermeiros de família no Concelho, as crescentes dificuldades de garantir o bom funcionamento de algumas extensões de saúde nas nossas Freguesias apesar do empenho dos profissionais, e das próprias juntas de freguesia. A situação pode vir a agravar-se a curto/médio prazo uma vez que alguns dos profissionais em exercício estão a atingir a idade de reforma”. E concluímos deixando uma pergunta ao executivo da câmara: ‘Agora que as responsabilidades municipais na área da saúde são acrescidas, que medidas estão preparadas, pelo executivo, para se solucionar este problema?’. A pergunta ficou sem resposta, mas este é um problema suficientemente importante e necessita de uma intervenção, sem equívocos, de todos os responsáveis pelos órgãos autárquicos, das Juntas de Freguesia (que o estão a fazer), à Assembleia Municipal e ao executivo da câmara. Sendo verdade, não é suficiente nem aceitável ficar-se por afirmar que a responsabilidade é do ACES do Médio Tejo e do Ministério da Saúde”.