O músico Pedro Abrunhosa esteve em Tomar esta terça-feira, 19 de outubro, no âmbito do encontro Fora da Caixa, promovido pela Caixa Geral de Depósitos, no Convento de Cristo. O Jornal e Rádio “Cidade de Tomar” fizeram uma breve entrevista ao músico que estava na companhia da escritora do Expresso, Clara Ferreira Alves. Ambos defenderam o reforço no investimento na Cultura, considerando que é imperioso descativar a verba atribuída ao restauro da Janela.
“A Janela do Capítulo, que soube hoje que vai ser finalmente recuperada, é assombrosa. Toda a loucura portuguesa está naquela janela. A loucura nacional, patriótica, vasta, ambiciosa, megalómana e depois há o contraponto disso que é o milhão que falta para restaurar a janela”, considerou Clara Ferreira Alves.
“A cultura é uma força vital da Humanidade. E tem sido uma necessidade desde que a Humanidade existe. E a Cultura está em todo o lado. Tomar é um desses centros culturais, que representa essa vitalidade e a força do país mas para o qual precisa de recursos”, disse, acrescentando que é ridículo o Orçamento para a Cultura de 0,25 do qual se extrai uma parcela para a recuperação do Património. “A Cultura tem estas duas vertentes: uma a ligação das pessoas à mesma, outra o valor que o Estado dá”, referiu, acrescentando que é necessário e vital dar importância à Cultura.
Pedro Abrunhosa diz que vem regularmente a Tomar, a última há dois anos, com os Comité Caviar, antes da pandemia. Quanto à sua atuação neste evento no palco do Convento de Cristo referiu que “os conventos sempre foram um local de música, e hoje não vou dar um concerto, vou tocar uma música mas é bom estar neste espaço a fazer isso”.