Entrevista a Nuno Lopes sobre os sucessos e os percalços de uma época que já vai longa. O treinador do Sp. Tomar/IPT considera injusto o castigo de cinco jogos que lhe foi aplicado este mês por críticas à arbitragem; aceita que o Ó. Barcelos é favorito, mas também não esconde a ambição de passar a primeira eliminatória do play-off. Leia a entrevista completa na edição impressa do ‘Cidade de Tomar’, já nas bancas.
Cidade Tomar – A época já vai longa, começou ainda antes do verão. Há já alguma saturação?
Nuno Lopes – Sim, são já muitos meses seguidos de hóquei… Muitos meses à espera de decisões. Começámos em maio/junho a preparar as coisas para atacar uma época que teve já três fases… E como disse o nosso capitão no final do jogo de sábado, superámo-las todas. Todos os objetivos que tínhamos para cumprir… conseguimos cumpri-los: a subida de divisão, a presença na Taça 1947, o sexto lugar e o apuramento para o play-off… Tem sido muito saboroso andarmos de objetivo em objetivo. Montar uma equipa, preparar essa equipa… Tem sido uma das épocas mais saborosas da minha carreira. É verdade que não conquistámos títulos, mas os objetivos que temos alcançado, sabem a títulos! Agora começa uma nova fase. Não vejo saturação nos atletas. Por vezes, há um ou outro jogador um pouco cansado, pela carga do treino ou emocional. Mas não vejo saturação. Há sempre vontade para ir treinar; coisas para melhorar… A saturação vai chegar mais depressa quando estivermos parados! No nível em que nós andamos, não podemos ter mais de um mês de férias…
– Com todos esses objetivos alcançados, os adversários já olham para o Sp. Tomar de outra forma? Já não é mais a equipa que veio da 2.ª Divisão?
– Eu não diria ‘de outra forma’. Acho que, desde a primeira hora, a nossa equipa foi considerada como uma equipa profissional. Estávamos na 2.ª Divisão mas já com estrutura e com olhos de 1.ª Divisão. Não tenho dúvidas de que os adversários olham para nós dessa forma. Mas ainda não nos consideram uma equipa que bate o pé aos grandes. Bate o pé… em casa! Ainda temos degraus para subir… e eu contava que isso ainda acontecesse este ano. Vamos ver se conseguimos.
Jorge Ramos