Numa manhã em que o Rio Nabão apresentava focos de poluição, o Bloco de Esquerda promoveu esta segunda-feira, 8 de fevereiro, uma conferência de imprensa no Mouchão Parque, para apresentar o projeto de resolução que foi entregue na Assembleia da República, no sentido da implementação de medidas urgentes para a despoluição e recuperação ambiental da bacia hidrográfica do rio Nabão.
A conferência de imprensa contou com a presença da deputada Fabíola Cardoso e de representantes locais do Bloco de Esquerda, Paulo Reis e Maria da Luz Lopes que é deputada na assembleia municipal de Tomar.
Paulo Reis começou por referir que, após duas descargas consecutivas a 24 e 26 de janeiro, o Ministro do Ambiente foi questionado sobre estes atentados ambientais, sendo que a resposta foi dada pela Secretária de Estado do Ambiente, Inês Costa, que afirmou que “os problemas de contaminação no Rio Nabão estão relacionados com descargas indevidas, relacionadas com as redes de Tomar e Ourém, sem falar da ETAR de Seiça e de um plano de investimentos para o saneamento”. Paulo Reis questiona se as Câmara de Tomar e Ourém terão ouvido a Secretária de Estada e se estas futuras obras são prioritárias. “Até termos estes problemas resolvidos, esta poluição como a que aqui vemos hoje, vai continuar”, disse.
Maria da Luz Lopes realçou que a poluição no Rio Nabão é uma das situações que mais une os tomarenses, lamentando, no entanto, que a Comissão do Ambiente na assembleia municipal não tenha reunido, como previsto. “Estamos num ano atípico mas a verdade é que a assembleia municipal que devia ter a comissão do ambiente ativa não tem”, apontou, destacando no entanto, que já se realizaram outras diligências e que “não há dúvida nenhuma de que o Governo não saiba o que se passa no Nabão”.
Fabíola Cardoso destacou que “na sequência da incapacidade das Câmaras de Tomar e Ourém de resolver o assunto”, “de um conjunto de informações de carácter cientifico que identifica os problemas onde estão” e da “falta de resposta do Ministério de Ambiente a estes problemas” e da inércia da empresa Tejo Ambiente, que o Bloco de Esquerda decidiu, perante a continuidade das descargas, avançar com uma proposta concreta de responsabilidade política ao Governo, pelo que apresentou um Projeto de Resolução na Assembleia da República, a 2 de fevereiro, no sentido de se encontrarem respostas efetivas com vista à resolução deste problema ambiental.
– Notícia desenvolvida na próxima edição semanal