“Os Sítios da Pedra”, exposição que pode ser visitada no Complexo Cultural da Levada em Tomar, tem como missão valorizar os materiais naturais pelo caminho da arte – em sentido lato – e trazer aos nossos sentidos alguns aspetos da sua capacidade de transformação, da sua expressão plástica e da sua utilidade. Carlos Silva e José Vitorino, dois dos elementos da organização, estiveram nos estúdios da Rádio e Jornal “Cidade de Tomar” a falar sobre a riqueza desta exposição. A mostra pode ser visitada, pelo menos, até 27 de dezembro, e tem tido uma boa crítica por parte de quem já a visitou.
CT – Como é que surgem ligados à exposição “Os Sítios da Pedra”?
José Vitorino – Esta questão da organização das exposições, tanto esta dos “Sítios da Pedra” como a dos “Sítios do Barro”, no ano passado, surgem de uma primeira experiência”. Constituiu-se, de uma forma espontânea, um grupo de pessoas que encontraram nestas atividades artísticas uma fuga para as preocupações. Achamos que existe um potencial artístico na nossa região que deve ser valorizado e Tomar pode ser um ponto de atração para a receção de certos movimentos de arte. É nesse sentido. De uma maneira descontraída, vamos convivendo e acabamos por consolidar este grupo que se envolve nestes trabalhos.
Carlos Silva – Fui convidado, até pelas atividades que desenvolvo com estes amigos (aqui estamos dois, mas somos cinco). No ano passado tivemos o tema Os Sítios do Barro, em que visitamos sítios e aprendemos técnicas de cerâmica. Já visitamos muitos sítios, tiramos fotografias. Esta é uma exposição que é digna de ser visitada.
Falamos da exposição “Os Sítios da Pedra” que está no Complexo da Levada. Como é que se organizou e concretizou esta mostra?
José Vitorino – Para que tudo isto funcione, há a necessidade de um elemento ser mais “carola” que os outros. Neste caso é o Diogo Rosa, escultor, fotógrafo e uma pessoa que dedica uma grande parte do seu tempo a estas atividades. É o aglutinador deste processo, às quais se juntam a Carmen Vitorino, minha irmã, Carlos Silva, eu próprio e o José Matias. Este ano temos ainda a grande ajuda da escultora Sandra Borges. A organização é destas seis pessoas.
Mas é uma exposição com várias vertentes artísticas…José Vitorino – Sim. Temos a escultura, pintura, desenho, fotografia e também uma pequena contribuição literária com o denominador comum que é a pedra. A ideia é valorizar a pedra e Tomar é a cidade ideal para o fazer. Há uma ideia ambiental em todo este processo que é valorizar estes materiais naturais. Esta exposição tem uma logística pesada, no sentido literal do termo, e foi um processo complexo, com alguma despesa, mas correu muito bem do ponto de vista da adesão dos participantes. Nós não somos organizadores conhecidos e conseguimos chamar nomes com alguma relevância a nível nacional e internacional.
– Leia a entrevista completa na próxima edição que sai para as bancas