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Wasim Tana: um estrangeiro no seu próprio país que encontrou um lar em Tomar

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Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

Chama-se Wasim Tana, nasceu na Líbia, viveu algum tempo na Turquia e está há cerca de três anos em Tomar, no IPT, onde é estudante/colaborador. Nesta entrevista diz que nunca pensou vir para Tomar, nunca pensou falar português e nunca pensou jogar rugby. Foi, sem dúvida, uma experiência que mudou a sua vida, pois tem 24 anos e passou toda a sua vida como estrangeiro, como cidadão estrangeiro no seu país e nos outros países, sem um lar. Aqui em Tomar sente-se bem.

Cidade Tomar – Fale-nos um pouco do seu país de origem e o ambiente que ali se vive.

Wasim Tana – Eu nasci na Líbia, o meu pai é Sírio e a minha mãe Líbia. O meu pai foi para a Líbia, conheceu a minha mãe e casaram-se. Eu vivi na Líbia até aos 18, 19 anos e depois fui para a Turquia, onde vivi até vir para Portugal. Antes de 2011, a vida era muito simples e barata, mas depois de começar a guerra tornou-se tudo mais difícil. Apesar de ter nascido na Líbia, não sou cidadão da Líbia, a nacionalidade não “passa” da mãe para os filhos, era como se fosse estrangeiro. Com o passaporte Sírio fui para a Turquia e fiquei com a nacionalidade Turca. Como já disse, antes da guerra, a vida era simples, mas muito fechada, ou seja, não sabíamos o que se passava fora do nosso país.

– É então um processo difícil conseguir a nacionalidade na Líbia?

Sim, muito complicado. Desde 2015 que não consigo voltar à Líbia, porque é necessário visto e corro o risco de ir e ficar lá sem poder sair. Em 2014, quando acabei a escola secundária, já tinha os bilhetes e tudo, mas como o aeroporto foi atacado, cancelaram os voos e fiquei ali um ano retido, só depois é que fui para a Turquia. Na Líbia falava perfeitamente a língua com o seu sotaque, mas quando se trata de algum processo, como por exemplo, tirar a carta de condução, ou candidatar-me à universidade, ou seja,  qualquer coisa a ver com o Estado, surgiam muitas dificuldades, os documentos voltavam todos para trás porque era estrangeiro. Por estas razões, sempre quis viajar.

Leia esta entrevista completa na edição impressa de 4 de dezembro.

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