Numa conferência de imprensa online, esta terça feira, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Carlos Andrade, afirmou que o CHMT não tinha tantos internados por Covid-19 como tem atualmente. Desde a passada quinta feira, dia 29 de outubro, estão internados 56 doentes, alguns com 90 anos, mas também doentes com idades a rondar os 50 anos. No caso dos mais jovens, tratam-se de pessoas que estavam em casa infetadas, mas cuja situação piorou e tiveram de ser internadas, algumas até nos cuidados intensivos, por isso a Covid-19 não é uma doença só dos mais idosos.
Face ao acelerar da pandemia e ao aumento do número de internados, o CHMT tem de “redesenhar a capacidade de resposta” para enfrentar esta segunda vaga.
Para já não está prevista a instalação de tendas junto das urgências das três unidades hospitalares, como aconteceu em março. Explica Carlos Andrade que no início da pandemia, esta ação surgiu num contexto específico e em que ainda não estavam definidos os circuitos Covid e não Covid. Há vários meses que esses circuitos foram identificados assim como foi estabelecida sinalética adequada, pelo que não há necessidade da instalação de tendas. Também não está prevista a transferência de serviços, como a maternidade e a ortopedia, tal como aconteceu na primeira vaga.
Dado o número de internamentos ter aumentado, antes seriam, 18, 19, 23 pessoas, atualmente passa as 50 pessoas, o CHMT tem de ativar outro tipo de respostas em função desta escalada de internamentos, ou seja, tem de aumentar a capacidade de internamento.
De momento estão a funcionar duas enfermarias para internamentos de doentes Covid e, em breve, terá de ser aberta uma terceira. Cada enfermaria tem 26 camas, sendo a capacidade máxima de 30 camas, no entanto, segundo Carlos Andrade, “não devemos levar as enfermarias ao seu máximo porque é necessária uma zona espaçosa para os profissionais de saúde se desequiparem”. Nem todos os doentes internados no CHMT são da região, alguns vêm de outros hospitais da grande Lisboa. Dos 56 doentes internados, alguns estão em cuidados intensivos e dois no serviço de nefrologia por fazerem diálise.
Uma notícia para ler na íntegra na edição impressa desta semana.