Os artistas ligados à tauromaquia concentraram-se, no início desta semana, junto ao Campo Pequeno, protestando o facto de terem sido reabertas, na terceira fase de desconfinamento, todas as atividades e espetáculos culturais, com a exceção da tauromaquia.
De acordo com o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), cerca de cem manifestantes juntaram-se junto ao Campo Pequeno, em Lisboa, num protesto “pacífico”, e ali permaneceram durante três horas, altura em que começaram a dispersar também de forma ordeira. Um desses manifestantes foi o cavaleiro tomarense Rui Salvador.
O secretário-geral da ProToiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia, Hélder Milheiro, alertou para os impactos que a pandemia de covid-19 está a causar no setor, com o cancelamento de cerca de 70 espetáculos, num prejuízo de quase cinco milhões de euros.
Sobre este tema, foi enviada uma pergunta efetuada por um conjunto de deputados do PSD à Ministra da Cultura com o tema “Não abertura de praças, locais e instalações tauromáquicas”.
Os deputados do PSD, ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, requereram à Ministra da Cultura, a resposta às seguintes questões: Qual o critério que leva o governo a manter encerradas Praças, locais e instalações tauromáquicas? Qual a previsão de data para a abertura dos mesmos? Qual a justificação técnica ou política que determina que, na Praça de Touros do Campo Pequeno, sejam autorizados espectáculos musicais e se exclua aqueles para os quais esta Praça foi construída há mais de 120 anos?