Em tempo da Páscoa da Ressurreição
E, sem darmos pelo passar dos dias, eis-nos chegados à Páscoa da Ressurreição.
Tal como o Senhor Dom José Traquina, Bispo de Santarém, escreveu na sua mensagem quaresmal: “… Que a Quaresma seja para todos um tempo de escuta, de verdade e de amor. E a Virgem Maria, Mãe da Esperança, interceda por nós e nos acompanhe.”
Ou seja, tal como escrevi em 2024: “este é um tempo quaresmal de revisão de vida.”
Terá sido, assim, em termos de comunidade, em termos de sentido coletivo? Fica a pergunta e reflito em termos de comunidade tomarense, da nossa terra, do nosso concelho: haverá um propósito de revisão de gestão camarária, ou manteremos alguma indiferença na gestão da coisa pública, assumindo, com dificuldade, os erros que cometemos, ou teremos cometido? Reflexão deveras importante num momento muito particular da nossa vida coletiva em que inúmeras ameaças, em tempos próximos, consideradas distantes, mas hoje tão diárias e ameaçadoras.
Hoje, como ameaça é o importante sector da vitivinicultura que poderá incidir sobre a comunidade tomarense. Amanhã, que sector será?
É, pois, deveras importante que neste tempo de ressurreição que se aproxima pensemos em pôr de lado o que nos diverge. Pensar num tempo de ressurreição coletivo deveras fundamental para o desenvolvimento do nosso concelho. De nós próprios.
É, nesta ultrapassagem, numa revisão de vida comum, que importa definir como, sem ferir os direitos e deveres de toda uma comunidade. Esta a nota que expresso nesta Páscoa de 2025, com votos de excelentes Festas Pascais não deixando de saudar todos os que nos apoiam, desde leitores, anunciantes, colaboradores de Cidade de Tomar. Sendo certo que, num modo de fazer jornalismo muito particular, incomodando como vem sucedendo. Incómodo que a muitos preocupa, esquecendo ou procurando esquecer que, desde há muitos anos, Cidade de Tomar sempre foi um espaço de abertura, recebendo aqueles que nos deixaram, desde que com respeito por regras de salutar convivência democrática.
Reitero, pois, os votos de excelentes Festas Pascais, não esquecendo os que nos deixaram. Também eles ressuscitarão neste tempo pascal.
O Diretor,
António Cândido Lopes Madureira.