Na Cimeira do Forum de Cooperação China-África (FOCAC), que decorreu em Pequim na passada semana (dias 5 a 7), o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou uma série de medidas “para consolidar ainda mais as relações com os países africanos e buscar uma modernização conjunta”. Referindo que a China é agora parceira estratégica de todos os países africanos que consigo estabeleceram relações diplomáticas, Xi Jinping afirmou que “o relacionamento China-África transformou-se numa comunidade de futuro compartilhado sob todas as condições”.
Este evento, que contou com a participação de grande número de dirigentes de países africanos, foi considerado, por muitos deles, como um marco histórico para a cooperação entre as duas regiões, destacando-se as novas iniciativas anunciadas pelo Presidente chinês.
Analistas sublinharam o facto de se estar perante o maior país em desenvolvimento do mundo, a China, e o continente com a maior concentração de nações em desenvolvimento, a África. E destacaram a afirmação dos dirigentes de ambos os lados, de que desejam “uma modernização justa, razoável, aberta e vantajosa para todas as partes centrada nas pessoas, diversificada e inclusiva, ecologicamente amigável e que promova a paz e a segurança”.
No decorrer da cimeira, a China revelou que vai promover, nos próximos três anos, uma dezena de importantes acções de parceria com África, “envolvendo aprendizagem mútua de civilizações, prosperidade comercial, cooperação na cadeia industrial, conectividade, cooperação para o desenvolvimento, saúde, promoção da agricultura e benefícios para a população, intercâmbios humanísticos, desenvolvimento ecológico e construção de segurança”.
Além disso, anunciou ter decidido conceder o tratamento de taxa zero para 100% dos produtos dos países menos desenvolvidos que têm relações diplomáticas com a China, entre os quais 33 nações africanas.
Observadores salientaram que a China e a África representam um terço da população total do globo, pelo que, sem a modernização destes dois gigantes, não haverá modernização do mundo. E acrescentaram que “o belo projeto elaborado nesta Cimeira da FOCAC não apenas indica a direção dos esforços conjuntos de China e África, mas também vincula mais estreitamente o desenvolvimento chinês, africano e mundial”.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China