Depois de visitar várias intervenções de reabilitação fluvial levadas a cabo de norte a sul do país, nomeadamente em Braga, Porto, Maia, Águeda, Aveiro e Oliveira do Bairro, a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, visitou, na terça feira, ao fim da tarde, a intervenção de reabilitação da rede hidrográfica do rio Nabão (Flecheiro), todas estas intervenções no valor de 5,3 milhões de euros.
No caso de Tomar, trata-se de um investimento previsto de 2,5 milhões de euros, que se traduz em soluções de engenharia natural, que irão permitir diminuir a zona ameaçada pelas cheias em Tomar, numa extensão de aproximadamente 1,6 quilómetros, para montante do Açude de S. Lourenço.

Depois da visita à zona reabilitada no Flecheiro, foi feita uma apresentação, na Central Elétrica (Complexo Cultural da Levada), do HIDRA projeto, IST: Estudo Hidrológico e Hidráulico do rio Nabão, para validação dos efeitos de redução e mitigação da área inundável, na zona do Flecheiro da cidade de Tomar, por João Pedro Matos.
Na sua intervenção, a ministra Maria da Graça Carvalho mostrou-se agradada, em primeiro lugar pelo espaço escolhido para a sessão, uma vez que a sua formação tem a ver com a produção de energia e a Central Elétrica é um espaço privilegiado nesse âmbito. Depois, a ministra destacou a visita a este projeto de reabilitação da rede hidrográfica do rio Nabão, endereçando parabéns a todos os envolvidos no mesmo. Trata-se, segundo a mesma, de um projeto “singular, com recurso a soluções de engenharia natural para diminuir a zona ameaçada de cheia. É um projeto na linha da lei aprovada pela União Europeia em junho – Lei do Restauro da Natureza – a qual permitirá devolver os rios, os solos, os ecossistemas à natureza”, disse.
Relativamente a esta intervenção em Tomar, referiu ainda a ministra que “há muitos pontos positivos, nomeadamente o recurso a soluções de engenharia natural para diminuir a zona ameaçada pela cheia na cidade de Tomar; a consequente requalificação ambiental e ecológica de um troço do rio Nabão, na sua zona ribeirinha, com uma extensão de aproximadamente 1,6 km; a plantação de centenas de árvores; a criação de uma zona de lazer para moradores e visitantes (…) e ter sido possível à autarquia acabar com um bairro degradado existente na margem direita do rio, logo à entrada da cidade e assegurar o realojamento destes moradores em habitações mais dignas”. A ministra concluiu dando os “parabéns à cidade de Tomar pelo exemplo, que espero ver repetido em diversos pontos do país”, sublinhou. (…)
Notícia completa na edição impressa de 2 de agosto.